domingo, 10 de abril de 2016

POEMA FILOSOFAL



  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • Poema Filosofal!
  •  
  • Ninguém sabe bem ao certo,
  • O que pode esperar da vida.
  • A vida nasce feita de sonhos,
  • Que tecemos com esperança.
  • Ninguém deseja ser vítima
  • Das más acções de quem
  • Anda por maus caminhos.
  • Quem mostra suas virtudes,
  • Tomando nobres atitudes,
  • É sempre muito louvado.
  •  
  • Quem fala só por falar,
  • Sem pensar no que diz,
  • Não tem discernimento,
  • Arrepende-se de imediato.
  • Quem usa os seus talentos,
  • Tem sempre boas opiniões,
  • Defende-se com argumentos.
  •  
  • Aprendemos mais errando,
  • Já que os erros nos ensinam,
  • E nos fazem aprender bem,
  • As regras do bom viver.
  • Só perde quem faz guerra,
  • Só ganha quem dá ajuda,
  • Faz bem quem se muda,
  • Praticando sempre o bem,
  • Luta pelo seu nobre ideal.
  •  
  • Todo aquele que mostra
  • Ser constante na sua vida,
  • Com ideias bem definidas,
  • De repúdio a todo o mal:
  • É bom o seu pensamento,
  • Porque vive sem sobressaltos,
  • Tudo consegue e apruma,
  • A sua grande fortuna,
  • É amar o seu semelhante.
  • A sua rectidão é importante,
  • Que mostra a cada instante,
  • Ao proteger o seu irmão,
  • Defende também a Nação,
  • Criando a paz e a união.
  •  
  • A gente sabe que os sonhos
  • São um fermento da vida.
  • Que o vinho faz risonhos
  • E dá esperança renascida.
  • Todas as estrelas iluminam,
  • A noite da humanidade.
  • O ser é sedento de verdade
  • E não perdoa ao descuidado.
  •  
  • O espírito é um ser alado,
  • Para vaguear à vontade,
  • Entre as trevas da maldade,
  • Por onde reina o pecado,
  • Sem dó nem piedade,
  • É um demónio velhaco,
  • Contra o pobre e o fraco.
  • Se o espírito é de paz e verdade,
  • Luta sempre contra a maldade.
  •  
  • Toda a gente precisa de sonhar,
  • Porque o sonho é alenta a vida,
  • Dá esperança e traz felicidade,
  • Mata a tristeza duma partida,
  • Segue seu caminho desinibido,
  • Repudia tudo o que é proibido,
  • Passa sua vida crente e feliz
  • Cheia de amor, bem colorida,
  • A viver o seu sonho dourado,
  • Porque o mundo só avança,
  • Quando o sonho é realizado.
  •  
  • Torres Novas, 10/04/2016



sábado, 9 de abril de 2016

VIAGEM NO TEMPO INFINITO



















  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • Viagem no Tempo Infinito!
  •  
  • Desci a rua da esperança,
  • Procurando o meu rumo,
  • Seguia a passo ligeiro,
  • A viver uma doce ilusão,
  • Sentindo aflito o coração,
  • E passado um tempo breve,
  • Tive fome e senti sede,
  • Parei para comer e beber,
  • Depois cabei por adormecer,
  • A sonhar que andava
  • Perdido no mundo.
  •  
  • Mais tarde ao acordar,
  • Fiquei parado no tempo,
  • Como marinheiro naufragado,
  • Num mar agitado e cruel,
  • Senti-me mal e transtornado,
  • Sem atinar com o destino.
  •  
  • Eu queria encontrar o paraíso,
  • Que foi perdido por Adão e Eva,
  • Nem que para tal fosse preciso,
  • Calcorrear este mundo inteiro,
  • Tão malfadado e traiçoeiro,
  • Que a nossa vida hostiliza.
  •  
  • Acabei por ir pedir ajuda
  • A uma velha cartomante,
  • Que me mandou ter juízo,
  • Porque nem que fosse rico,
  • Para chegar ao paraíso,
  • Seria preciso primeiro
  • Derrotar o diabo imundo.
  •  
  • A vida é uma viagem insegura,
  • O tempo só acaba com a morte,
  • Quando chegar a hora vera.
  • Mas poderemos viver felizes,
  • Doando muito amor e ternura,
  • Para usufruir o paraíso na terra.
  •  
  • Torres Novas, 9/04/2016

sexta-feira, 8 de abril de 2016

A CANÇÃO DA VIDA











  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • A Canção da Vida!
  •  
  • Conta uma lenda antiga,
  • Que num campo com magia,
  • Uma bela lagoa se formou,
  • Cheia de águas cristalinas,
  • Que brotavam da fonte da vida,
  • No meio de altas colinas,
  • Formando um rio sinuoso,
  • Que deu vida à lagoa,
  • E no mar desaguou,
  • Tímido como criança.
  •  
  • Dizia essa linda canção,
  • Que na lagoa se reflectia,
  • Um rosto de menina encantada,
  • Como estrela sorridente,
  • Cheia de encanto e beleza,
  • Da sua mãe a natureza.
  •  
  • A trança dessa miúda,
  • Agitava as águas da lagoa,
  • Libertando a sua paixão,
  • Para se encontrar às escondidas,
  • Com um nobre marinheiro,
  • O seu verdadeiro amor.
  •  
  • Incontida
  • A linda menina,
  • Nua e resplandecente,
  • Em noites de luar,
  • Beijava o seu amado,
  • Com ternura divina,
  • Em cada enlace.
  •  
  • Contava ainda a canção,
  • Que a doce menina
  • Quando adormecia
  • Sonhava enamorada,
  • E acordava ofegante,
  • Sentindo vibrar a paixão.
  •  
  • Diz-se também:
  • Que esse canto de amor,
  • Ainda hoje é escutado,
  • Por quem mergulhar na lagoa,
  • Cheio de amor e paixão,
  • Recebe uma bênção sagrada,
  • Que alegra a alma
  • E dá vida
  • Ao seu coração.
  •  
  • Torres Novas, 8/04/2016

DESVELO SENTIMENTAL




















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

Desvelo sentimental!

Sentei-me…
Na minha consciência!?
Olhando-me intensamente…
Com olhar inteligente!

Senti uma luz de esperança,
Navegando inseguro,
Um sentimento imaturo,
Percorrendo um caminho,
Procurando um carinho,
Um amor terno e puro.

Mas… esse amor desejado,
Tão falsamente se exibia,
Que mais o demónio parecia,
Sufocando um anjo amado…
Um espírito revoltado,
Empunhando espada de lume,
Não era sorte de amor,
Era só o pérfido ciúme.

Querendo meu amor proteger,
Fiz-lhe um grão juramento!
Que o amaria até morrer,
Que carregaria minha cruz,
Cheio de amor infinito,
Fazendo das trevas luz,
Festejando com alegria,
Cada noite e cada dia.

Mas… meti-me por um atalho,
Perdi-me numa terra ingrata,
Onde lutei para me salvar,
Onde acabei por acordar,
Afinal era mais um pesadelo,
De quem ama cego por desvelo.



Torres Novas, 08/04/5016

quinta-feira, 7 de abril de 2016

ON DESPEDIMENTO SALVAGEM

















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

O Despedimento Selvagem!

É vital na Nação haver fraternidade,
Porém, sentimos que os governantes,
Procedem da forma como era dantes,
Havendo injustiça e alguma maldade.

Vivemos à sombra do esquecimento,
Suportando até uma falsa realidade,
O dinheiro é a fonte dessa crueldade,
O governo divide sem discernimento.

Máquinas substituem trabalhadores,
Estamos agora perante a automação,
E os lucros ficam todos para o patrão,
Porém despede os seus colaboradores.

Hoje toda a máquina deveria pagar
Imposto pelo trabalhador suprimido,
Andam a alegar que não faz sentido,
Mas com isso só se andam a governar.

O que não poderá fazer bom sentido,
É viver privado do direito ao seu pão,
Quando neste país vive tanto figurão,
À custa do desgraçado mal despedido.


Torres Novas, 24/07/2015

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O ORGASMO DA POESIA



















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.
O Orgasmo da Poesia!

De sentimento e palavras se faz o verso,
Que se conjuga entre a métrica e a rima,
Da inspiração nasce toda a obra-prima,
Que cada alma contém no seu universo.

O verso contém apenas beleza e amor,
Como cada erecção faz ter um orgasmo,
O corpo vibra originando cada espasmo,
A alma geme subindo ao céu em louvor.

A poesia é o orgasmo de palavras belas,
Que nascem da vibração de cada poeta,
Que escreve como a sua musa o inspira.

É um ser livre que não suporta as trelas,
É um deus manso, brincalhão e pateta,
É um menino mimado que só faz birra.


Torres Novas, 6/04/2016

terça-feira, 5 de abril de 2016

AS PAIXÕES AMOROSAS


















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

As Paixões Amorosas!

Quando as paixões despertam,
Nas almas dos seres humanos,
Todos os corações se apertam,
Todos sexos reagem e alertam,
No fulgor dos ritos mundanos.

São os bailes e festas populares,
Os passeios, as grades romarias,
Onde se escolhem mais os pares,
Trocando seus primeiros olhares,
Que fazem amores e simpatias.

Mas em qualquer época da vida,
Pode surgir uma grande paixão,
Que parece viver bem escondida,
Mas a alma fica de amor perdida,
A paixão logo arrebata o coração.

Viver uma paixão é emocionante,
Quando o amor é correspondido,
É como saborear o fruto aliciante,
Que faz seu gosto mais excitante,
Por se assemelhar a fruto proibido.

Quando uma paixão é verdadeira,
Proporciona a viver com felicidade,
Aspirando que dure a vida inteira,
Guardando o amor à sua maneira,
Nesta vida e por toda a eternidade.


 Torres Novas, 5/04/2016

segunda-feira, 4 de abril de 2016

OS DIAS FELIZES DA JUVENTUDE

















Relicário dos Prazeres

Autor: Manuel Mar.
Os dias felizes da Juventude!

Naquela fria e pobre aldeia serrana,
A vida seguia simples e apaixonada,
Trabalhava-se de sol a sol à semana,
Não havia hábitos de vida mundana,
E toda a gente era bem comportada.

Os prazeres da juventude eram bons,
Todos herdados de seus antepassados,
 Jogos e cantos chupando os bombons,
 Outras vezes mostravam os seus dons,
 Fazendo récitas muito entusiasmados.

 Em grupo seguiam os longos caminhos,
 Dando voltas pelo campo e pela serra,
 Seu encanto era andar a ver os ninhos,
 Ouvir os lindos cantos dos passarinhos,
 Até o tocar das trindades na sua terra.

 Tanto encanto tinha essa gente miúda,
 Que vivia feliz, sempre na brincadeira,
 Ajudavam as tarefas da gente graúda,
 Mal conheciam o viver em crise aguda,
 Na sua aldeia havia a paz verdadeira.

 Hoje a juventude tem mais distracções,
 A Net, os telemóveis e os computadores,
 Mas surgiram as grandes preocupações,
 A falta de emprego cria muitas aflições,
 Mesmo que sejam hoje novos doutores.

 Torres Novas, 04/04/2016


domingo, 3 de abril de 2016

DESGARRADA PORTUGUESA - FADO














Relicário Fadista
Autor: Manuel Mar.

Desgarrada Portuguesa!
Homem:
Bebi água na fonte sagrada,
Matei a minha sede de te ver, Bis
Mas fiquei triste sem te lá ter,
Pois só tu és a minha amada. Bis

Mulher:
Não fales dizendo mentiras,
Porque eu sei quem tu és, Bis
Aproveitas todas as marés,
Para dizeres palavras giras. Bis

Homem:
Todo o amor que sinto por ti,
Vive em todo o meu coração, Bis
Tu és a minha grande paixão,
Desde a hora que te conheci. Bis

Mulher:
Não posso acreditar nada em ti,
Porque dizes o mesmo a todas, Bis
As tuas palavras são bem tolas,
Não quero lembrar o que sofri. Bis

Homem:
Não casarei com mais ninguém,
Sempre te falei com a verdade, Bis
Eu juro com grande sinceridade,
Tu és a mulher que me convém. Bis

Mulher:
Então pede-me em casamento,
E arranja casa onde se morar, Bis
Não te quero ver mais chorar,
Agora aceito o teu juramento.

Homem:
Obrigado minha boa amada,
De mim tudo tu podes contar, Bis
Porque contigo me quero casar,
Tu és a minha paixão sagrada. Bis

Torres Novas, 3/04/2016

BALANÇO DA VIDA



















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

O Balanço da Vida!

Há quem as suas contas não faça,
E julgue que a vida é brincadeira,
Mas quando se acha na desgraça,
E sentindo toda a fome que passa,
Tem de pensar de outra maneira.

É necessário fazer as contas à vida,
Para o encerramento do balanço,
Fazendo orçamentos com medida,
Para termos noção logo à partida,
E evitar de no fim haver falhanço.

O ser humano aspira a felicidade,
Que constrói com a sua esperança,
Passo a passo e desde a mocidade,
Luta pela paz e pela fraternidade,
Neste mundo sempre em mudança.

Mas para quem vive mal e falido,
Sentindo há muitos anos a miséria,
Só pode é sentir-se mal e perdido,
Todas as palavras perdem sentido,
A sua desgraça é triste e tão séria.

O maior mal é sempre o terrorismo,
Que estropia o e mata os inocentes,
Há muita maldade à face da terra,
Tanto terror sobre o mundo impera,
Invocando as crenças omnipotentes.


 Torres Novas,3/04/2016

sábado, 2 de abril de 2016

O MEU DOCE NINHO



Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O Meu Doce Ninho!

São quatro paredes marcadas,
Onde cheira bem a rosmaninho,
Feitas só com pedras rejeitadas,
Que formam o meu lindo ninho.

Nasceu ali à beira do caminho,
Juncada das mais belas flores,
Onde moram os nossos amores,
Criados com paixão e carinho.

Não mora ali grande riqueza,
A casa é pequena e modesta,
Mas vivemos sempre em festa,
Felizes com a nossa pobreza.

Ao meu amor ofereço as flores,
Que colho nessa bela natureza,
Cheias de encanto e de beleza,
O maior regalo para os amores.

Crescem os filhos com alegria,
Colhendo das árvores os frutos,
São muito lindos os nosso putos,
Cheios só de encanto e magia.

Não vendo essa minha casinha,
Por todo o dinheiro do mundo,
Vale mais um amor profundo,
Que a riqueza desgraçadinha.

Devo o que tenho ao meu Deus,
Que me deu a coragem e a vida,
A minha casa foi-me prometida,
É meu abrigo e de todos os meus.


Torres Novas, 2/04/2016

sexta-feira, 1 de abril de 2016

FÉRIAS DE VERÃO


























Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

As Férias de Verão!

Com o fim de um ano de estudo,
Na miragem das férias de Verão,
Acabam os horários, muda tudo,
O estudante consegue o canudo,
E goza as férias com satisfação.

Férias são descanso e boa-vida,
Quer na praia ou qualquer lado,
É a recompensa e bem merecida,
De quem se esforçou sem medida,
Por conseguir futuro assegurado.

Na hora de receber seu diploma,
A sua felicidade é extravagante,
Coloca-o numa vetusta redoma,
Donde exala o magnifico aroma,
Glória da sua vida de estudante.

Mas férias passam num instante,
E surgem as novas preocupações,
Acabou de ser um bom estudante,
Dessa vida de cavaleiro andante,
Vai ter apenas boas recordações.

Agora que trabalho vai procurar,
Nada sabe da sorte que o espera,
O trabalho é difícil de se arranjar,
Toda a gente só aspira trabalhar,
E se não consegue logo desespera.

Existindo tanta falta de trabalho,
Ninguém sabe o que será o futuro,
Se lhe faltar dinheiro para o talho,
Fica só feito num pobre frangalho,
Viver neste mundo é triste e duro.

Mas quem gozou férias de Verão,
Manterá na sua vida a esperança,
Não alimentando nenhuma ilusão,
Viverá sempre com grande paixão,
O mundo é composto de mudança.


Torres Novas,1/04/2016