terça-feira, 3 de maio de 2016

ANSIEDADE




















Relicário
Autor: Manuel Mar.

Ansiedade!

Eu agora só necessito
De uma palavra singela
De muito carinho
E apenas requisito
Que a sua alma bela
De mansinho
Cheia de amor
Por favor
Dê-me um abraço
Muito grande
Como só você tem
Estou carenciado
De sentir
Um beijo seu
Que me mostre
Que sou eu
O seu amor
Porque o meu amor
É todo seu.

Torres Novas, 3/05/2016

Foto: Net

A PERDA DE UM AMOR



























O Meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Perda de um Amor!

Um choro,
Cheio de lágrimas,
Dolorosas,
De grandes mágoas,
Porque de repente,
Tudo acabou.
Um amor perdido,
É dor atroz,
Ausência de voz,
Turbilhão de incertezas,
Apenas tristezas,
Um coração partido.
Quem um amor perdeu,
Sente a alma como breu,
Negra e sofrida,
Uma luz escondida,
Ausência de claridade,
Mas é pura verdade.
É difícil esquecer um amor,
Que sem querer,
Se deixou de ver,
Sempre julgando ser seu,
E não podendo aceitar,
Se enche de profunda dor.
O seu desejo é procura-lo,
Mas as pernas ficam hirtas,
Nessas horas tão incertas,
De anseio desesperado.
Nem chamá-lo valerá a pena
Amor perdido encerra a cena.

Torres Novas, 27/07/2015
Foto: Net

AVISO URGENTE

















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Aviso Urgente!

Saibam que onde viemos nascer,
É o mundo de cobiça e ganância,
E é belo durante a nossa infância,
Se alguém nos acolher e proteger.

Neste mundo onde vamos morrer,
A política domina tudo sem parar,
A avidez de quem quer comandar,
Não se rala de quem tem padecer.

Nas mãos das ideologias políticas,
Só somos uma máquina produtiva,
Enquanto podermos trabalhar.

Quero já avisar as massas críticas,
Que não temos outra alternativa,
Precisamos de o poder conquistar.


Torres Novas, 3/05/2016

segunda-feira, 2 de maio de 2016

VIDAS SEM RUMO



















  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.

  • Vidas sem Rumo!

  • Difíceis são as vidas sem rumo,
  • De quem perdeu a esperança,
  • Vive sem nenhuma segurança,
  • São vidas desfeitas como fumo.
  •  
  • Hoje quem não tem emprego,
  • Fica à porta de uma desgraça,
  • Por mais que tente e que faça,
  • A vida não passa de degredo.
  •  
  • Hoje a democracia não presta,
  • Garante tudo aos seus filiados,
  • A parentes e muitos afilhados,
  • Para os outros já pouco resta.
  •  
  • Dividiram-nos em duas classes:
  • Privilegiados e Desfavorecidos.
  • Primeira classe: Bem-nascidos,
  • Segunda classe: Só Mal paridos.
  •  
  • Na primeira classe só entram:
  • Agentes e servidores do Estado.
  • Na segunda classe aguentam:
  • Privados e seus servos ao lado,
  •  
  • Privilegiados são os bem pagos,
  • E nunca podem ser despedidos,
  • Fazem as 35 horas, promovidos,
  • Ocupam todos os lugares vagos.
  • Desfavorecidos são os mal pagos,
  • Mas são quase toda a produção,
  • São despedidos sem comiseração,
  • Trabalham 40 horas e são nabos.
  •  
  • Qualquer pessoa sabe a verdade,
  • Mas a justiça continua bem cega,
  • A uns dá tudo, a outros só nega,
  • A democracia é uma calamidade.
  •  
  • Torres Novas, 2/05/2016

domingo, 1 de maio de 2016

AS COMADRES E OS COMPADRES














Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

As Comadres e os Compadres!

Ninguém sabe quando começou,
A tradição secular das comadres,
Bem como a dos seus compadres,
O certo é que até hoje ela vingou.

Celebrava-se antes do Carnaval,
Em duas semanas e consecutivas,
Essas quinta-feira seriam cativas,
Para a cerimónia muito especial.

A primeira era para as comadres
Se reuniram com todos os amigos,
E com os ritos todos muito antigos,
Elas escolhiam os seus compadres.

Cada compadre seria o padrinho,
Do próximo filho da sua comadre,
O baptizado celebrado pelo padre,
Seguido de boda com muito vinho.

A segunda era para os compadres,
Que procediam de igual maneira,
Escolhiam a comadre verdadeira,
E todos passavam a ter comadres.

Nas reuniões faziam petiscos bons,
Com muitos bolos, doces e bebidas,
Em noites sempre muito divertidas,
Com danças, cantares e belos sons.

Torres Novas, 1/05/2016

RELICÁRIO DO FADO - LÁGRIMAS DE SAUDADE



























  • Relicário do Fado
  • Autor: Manuel Mar.

  • Lágrimas de saudade!

  • Meu amor voltou-me as costas,
  • E eu nem sei o mal que lhe fiz,
  • Só desejo que seja sempre feliz,
  • Já não lhe abro mais as portas.

  • Guardo a lágrima de saudade,
  • Bem no fundo de meu coração,
  • Nem que ele me peça o perdão,
  • Jamais lhe farei a sua vontade.

  • Ele trocou-me por outra mulher,
  • É só mais uma que tem na vida,
  • Nunca me darei por convencida,
  • Não me serve um reles qualquer.

  • Hei-de arranjar um novo amor,
  • Mas estarei agora com o pé atrás,
  • Um homem que de tudo é capaz,
  • Para mim é um grande estupor.

  • Canto com a mágoa e a saudade,
  • Estampadas sempre no meu rosto,
  • Confesso que tive grande desgosto,
  • Mas já lhe perdoei a sua maldade.

  • E de mim ninguém tenha piedade,
  • Que já me esqueci desse malfeitor,
  • que só me deu migalhas de amor,
  • Mas deixou lágrimas de saudade.

  • Torres Novas, 1/05/2016

HOMENAGEM À MÃE

































Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

HOMENAGEM À MÃE!

Mãe! Tu és ternura e bondade,
O melhor que há neste mundo,
O teu amor é bom e profundo,
Tu és sempre mãe de verdade.

Nada se compara ao teu amor,
Por mais maravilhas que haja,
Nem haverá alguém que reaja
Como tu, ao filho que tem dor.

Tu fazes esta terra ser um céu,
No lar a amamentar os filhos,
Para crescerem e serem gente.

Não existe amor igual ao teu,
Enfrentando na vida cadilhos,
Tu mereces o céu sinceramente.


Torres Novas, 1/05/2016

A VIDA DE HOMEM

















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A vida de homem!

Complexa é a vida de um homem,
Que ama a vida e sabe o que quer,
Só pensa naqueles que não comem,
E nas guerras que tudo consomem,
Que ambiciona casar e ter mulher.

Enfrenta dificuldades na sua vida,
Sem pânico e sem medo de vencer,
E não quer nenhuma luta perdida,
Nunca se sente vencido à partida,
Lutando toda a vida e até morrer.

Trabalha com amor à sua profissão,
Procurando ser sempre competente,
Para merecer a melhor retribuição,
Empenha-se com esforço e devoção,
Para ser sempre honesto e eficiente.

Não quer rixas nem sequer querelas,
Vive com calma muito serenamente,
Foge do vício, não cai em esparrelas,
Mas gosta de contemplar as estrelas,
Sendo prudente e mais complacente.

Mas não há regra sem ter excepção,
Quando se mete nos copos à noite,
Por vezes surge a grande confusão,
Todos falam e querem ter a razão,
O que dá azo para surgir o açoite.

O homem cria sempre as amizades,
Com gente boa e outra de ocasião,
Nem sempre se dizem só verdades,
O mundo anda cheio de maldades,
O bom amigo é sempre um irmão.


Torres Novas, 1/05/2016


sábado, 30 de abril de 2016

RELICÁRIO: A VIDA É UMA PASSAGEM

RELICÁRIO: A VIDA É UMA PASSAGEM

A VIDA É UMA PASSAGEM




















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Vida é uma Passagem!

Eu sei bem o que é a vida,
E conheço o destino
Que me foi
Traçado ao nascer.
Já lidei com o amor,
Já senti muito afecto,
Mágoa, desalento, dor,
Alegria, e felicidade.
Já lutei duramente pela vida,
Já perdi entes queridos,
Tive horas infelizes,
Horas de resignação,
Momentos de triste ilusão,
De pavor e de traição,
De vingança e de perdão,
De juras quebradas,
Já tenho o meu quinhão.
A vida é uma caldeirada,
De coisas boas e coisas más,
Mas não vale a pena
Olhar para trás.
O rumo da vida é um
Caminho desconhecido,
Um puzzle, muitos dilemas,
Em que somos:
Senhores e autores;
Representamos muitas cenas,
Sofremos como feras nas arenas,
Ora ganhando ora perdendo,
Mas sempre, sempre lutando.
Já sei bem o que é a vida,
E que o meu destino será a morte.
Mas, pagar e morrer!?
Quanto mais tarde melhor.
Agora passo o tempo a escrever,
Mas quando já nada puder fazer,
E perder a essência da vida,
Espero ter ainda uma última sorte,
Passar bem na derradeira
Hora da minha morte.


Torres Novas, 1/05/2016

OS SANTOS POPULARES





















Relicário dos Prazeres

Autor: Manuel Mar.


Os Santos Populares!


As festas dos santos populares,
Celebram uma velha tradição,
Que o povo vive com devoção,
Com fogueiras e seus cantares.


O Santo António é o primeiro,
A quem todos pedem favores,
De protecção dos seus amores,
Por ter fama de casamenteiro.

Depois há a festa do São João,
Que é mais festejado no Norte,
A todos os namorados dá sorte,
Recompensando a sua devoção.

O último é São Pedro festejado,
Que é o Santo muito padroeiro,
Também é um bom conselheiro,
Muito celebrado em todo o lado.

São os Reis das festas populares,
Que se fazem sempre no Verão,
Todos lhe tem grande devoção,
São eles os protectores dos lares.

Torres Novas, 30/04/2016

OS SANTOS POPULARES





















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os Santos Populares!

As festas dos santos populares,
Celebram uma velha tradição,
Que o povo vive com devoção,
Com fogueiras e seus cantares.

O Santo António é o primeiro,
A quem todos pedem favores,
De protecção dos seus amores,
Por ter fama de casamenteiro.

Depois há a festa do São João,
Que é mais festejado no Norte,
A todos os namorados dá sorte,
Recompensando a sua devoção.

O último é São Pedro festejado,
Que é o Santo muito padroeiro,
Também é um bom conselheiro,
Muito celebrado em todo o lado.

São os Reis das festas populares,
Que se fazem sempre no Verão,
Todos lhe tem grande devoção,
São eles os protectores dos lares.

Torres Novas, 30/04/2016

VIDAS DESTROÇADAS



























Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

Vidas destroçadas!

Alguns falam da crise presente,
Como se bebe um copo de água,
Há quem mostre grande mágoa,
Há quem seja muito indiferente.

Os causadores toda agente diz,
Foi a má política de insensatos
Governos responsáveis por actos,
Que depauperaram todo o país.

Arranjaram tantas trapalhadas,
A corrupção fazia tudo ser seu,
Reinava um clima de vingança.

Causaram-se vidas destroçadas,
A quem o seu emprego perdeu,
Que vive agora sem esperança.

Torres Novas, 30/04/2016


sexta-feira, 29 de abril de 2016

OS TEMPOS ANTIGOS





















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os Tempos Antigos!

Sou do tempo da miséria
Que vivia envergonhada,
Que suportava a fome,
Porque não tinha nada.
Trabalhava-se:
Do nascer ao por do sol,
Começando no mata-bicho
De passas e aguardente,
Seguia-se logo o trabalho.
Às 10 horas o almoço,
Depois às treze o jantar,
E à tarde um lanche.
Cava-se o chão
Quase todo à enxada,
E ao tocar das Trindades
Logo o sol se escondia,
Mais um cálice de aguardente
E adeus até ao outro dia.
Tinha então acabado
A Segunda Grande Guerra.
Havia falta de tudo,
Com grande racionamento,
Do pão que era de mistura,
E de muitos alimentos.
Os homens ganhavam
A sete escudos por dia
E tinham direito
A beber um litro de vinho.
As mulheres levavam
A comida ao campo para
Alimentarem os maridos.
Sempre às horas marcadas,
Um tacho de caldo verde
E batatas com bacalhau,
Era a refeição do almoço.
Ao jantar uma panela
Com sopa e o conduto
Que comiam com pão.
Todos tinham:
Um monte de filhos
Que vivam ao Deus dará,
Sempre descalços e…
A pedir um naco de pão.
Nesse tempo:
Não havia automóveis
Nem tractores.
A terra era lavrada
Por juntas de bois
E acabada à enxada.
Pelos anos cinquenta
A vida começou a melhorar,
E já se ia de burro
Ou de bicicleta,
Até à Vila ou à cidade.
Mas não havia estradas
E os caminhos eram maus
Cheios de covas e matos.
Mas os camponeses,
Todas as semanas
Tiravam um dia
Para ir vender ao mercado
Aquilo que produziam.
Faltavam muitas escolas.
Salazar começou a dotar
O País de boas escolas,
Porque pouca gente
Sabia ler e escrever.
As crianças iam à escola,
Quase todas de pé descalço,
Mas depois tudo melhorou.
Apareceu a rádio
E depois a televisão.
O povo pouco a pouco,
Ficou mais culto e educado.
São coisas já do passado
Do tempo duro e cruel,
Tão amargo como o fel,
Em que aprendi a viver,
De que dou testemunho.
O mundo dá tantas voltas
Que a má vida de outrora
Que vivi com sã alegria,
Contrasta com a nostalgia,
Que sinto da vida presente,
Onde reina a insegurança
Que me retira a esperança
De viver tranquilamente.


Torres Novas, 30/04/2016

O LUAR DO SERTÃO




















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O Luar do Sertão!

O luar do sertão é encantador,
Dando às noites sua suave luz,
Inspira muitos sonhos de amor,
Porque esse luar é tão sedutor,
Que às noites de amor conduz.

Sente-se lá o cheiro envolvente,
Exalado por sua bela natureza,
Que se torna sempre atraente,
Tão morna aragem lá se sente,
Uma terra de encanto e beleza.

Nas cálidas noites de lua cheia,
O sertão é lindo resplandecente,
Até parece uma luz de candeia
Da que me alumiava na aldeia,
Nos bons serões de antigamente.

Lá sonhei com a minha amada,
Uma noite muito bem dormida,
A viver uma vida muito regala,
Onde ali, não me faltava nada,
Nunca me senti tão bem na vida.

Agora, sei como é bom o sertão,
Gostaria de lá viver meu futuro,
Porque sinto por ele tal paixão,
Que vivo aumentando a ilusão,
De me sentir a viver no ar puro.


Torres Novas, 29/04/2016

OS DESEJOS














Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os desejos!

Os desejos são próprios da vida,
E acontecem a qualquer pessoa.
Todos querem ter uma vida boa,
Já ninguém gosta da despedida.

Todos desejam amor e felicidade,
Viver bem e ter só boas amizades,
Ter quem lhe faça suas vontades,
Que só lhe falem com a verdade.

Mas os desejos provocam dilemas,
Porque todos preferem o melhor,
Alguém terá que ficar com o pior,
Por vezes surgem as tristes cenas.

Nem todos os desejos são normais,
Há sempre quem faça muito mal,
E quem goste de jogar o carnaval,
E quem tenha os gostos especiais.

Toda a gente deseja ter boa sorte
Mais o grande prémio da lotaria,
Já é sorte viver bem em cada dia,
Mas ninguém deseja a sua morte.


Torres Novas, 29/04/2016




quinta-feira, 28 de abril de 2016

A VIDA DO SER HUMANO





















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Vida do Ser Humano!

O sexo comanda a nossa vida,
Bem como a de toda a gente,
Porque ele tão simplesmente,
É o obreiro de forma decisiva.

O homem fecunda a mulher,
Que gera nova descendência,
Dotada pela transcendência,
Do género que o acaso fizer.

O fruto da relação irá nascer,
Esperando viver muitos anos,
Muito feliz com grande sorte.

Na vida tudo pode acontecer,
A qualquer dos seres humanos,
Mas ninguém escapa da morte.


Torres Novas, 28/04/2016

quarta-feira, 27 de abril de 2016

A POLÍTICA ESTÁ DOENTE





















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

A Política está doente!

A política, nobre arte ancestral,
Que viveu na sombra do poder,
Mudou muito mas é fácil de ver,
Que se apoderou do poder real.

Transformada em arte especial,
A política é hoje a dona de tudo,
O povo a ver Braga pelo canudo,
Sofre as crises como coisa banal.

Mas afinal os grandes culpados,
São políticos maus e demagogos,
Que mal governam a sua Nação.

Sugam o sangue aos desgraçados,
Para terem carros de luxo e novos,
Ao pobre nem lhe chega para pão.


Torres Novas, 27/04/2016