quinta-feira, 5 de maio de 2016

OLHAR DE TERNURA


























Relicário
Autor: Manuel Mar.

Olhar de ternura!

O teu doce olhar,
Irradia chispas de luz,
Que cegam totalmente,
São raios inocentes,
Com doçura do mel,
De olhos crentes,
De alma pura,
Que irradia ternura.
Pelo teu olhar
Eu me apaixonei,
Mas confesso que não sei
A cor de tão lindos olhos,
Foi a sua grande beleza,
Que por certo me cegou,
Pareciam multicolores,
Perfeitos amores.
Senti que os teus olhos
Eram suplicantes
De amor e de paixão,
O que eu acredito,
Mas se foi minha ilusão,
Aqui peço perdão.
Gostaria de ser dono
Do teu doce olhar,
Que não merece abandono,
E não me posso contentar,
Por apenas o poder ver,
Porque podes crer
Que te quero a valer,
Não me deixes a sofrer
Sem o teu doce olhar.

Torres Novas, 5/05/2016

Foto: Net

O DIA DA ESPIGA





















Relicário
Autor: Manuel Mar.

No Dia da Espiga!

Não me importo que queiras
Sair comigo ao campo colher
O ramo de flores verdadeiras
Que a natureza nos oferecer.

É quinta-feira da ascensão,
Mas toma cuidado no trigo,
Escuta aquilo que eu te digo,
Estragar o trigo é perder pão.

Mas dá-me a tua linda mão,
E dança comigo na romaria,
O que só faz bem ao coração,
E nos dá uma grande alegria.


Torres Novas, 5/05/20156

AS ESQUINAS DA VIDA





















Relicário
Autor: Manuel Mar.

As Esquinas da Vida!

Ninguém sabe o que irá acontecer
Quando dobrar qualquer esquina,
O desconhecido ninguém imagina,
Muita surpresa pode até aparecer.

Também quem joga numa lotaria,
Julga que alguma vez terá a sorte.
Garantida só temos a nossa morte,
Mas ninguém sabe qual será o dia.

Quando nos acercamos da esquina,
Na nossa alma nasce grande receio,
A enfrentar desagradável surpresa.

Só a grande e boa esperança anima
Quem a este magnífico mundo veio,
Porque a vida é sempre a incerteza.

Torres Novas, 5/05/2016

Foto: Net

UMA CLARA MADRUGADA





















Relicário
Autor: Manuel Mar.

Uma Clara Madrugada!

Acordei e espreitei à janela,
E vi uma clara madrugada,
O céu tinha cor bem singela,
Azul claro, que cor tão bela,
Beleza que me maravilhava.

Permaneci por um momento,
A contemplar o tão lindo céu,
Senti um bom encantamento,
Que me criou um sentimento,
De ficar envolto pelo seu véu.

E ali fiquei até o sol romper
Iluminando todo o horizonte,
Senti vontade de agradecer,
E senti uma lágrima a correr,
Descendo pela minha fronte.

Foram instantes bem felizes,
Que me deram muito prazer,
Teve as estrelas com actrizes,
E que quando somos petizes,
Ficamos maravilhados a ver.

Torres Novas, 5/05/2016

Foto: Net

quarta-feira, 4 de maio de 2016

A BELA NATUREZA





















O Meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

A BELA NATUREZA!

Bem cheirosa e colorida é a natureza,
Que por vezes mostra ares de vaidosa,
O que provem da sua colossal beleza,
A magnitude de uma flor cor-de-rosa,
A sua alma encerra encanto e pureza,
Porventura da jóia mais maravilhosa.

Encontra o seu apogeu na Primavera,
Onde se mostra atraente e caprichosa,
Finda a invernia muito hostil e severa,
Reaparece sempre altiva e tão vistosa,
Mas nunca é castigadora nem austera,
Pelo contrário é mãe amiga e bondosa.

Os campos produzem os bons produtos,
Que nos dão a saúde e toda a riqueza,
Ela é a senhora de poderosos atributos,
Mas põe de lado os ciúmes e a avareza,
Oferecendo-nos os seus melhores frutos,
Porque é soberana e tem forte realeza.

Na Primavera as aves fazem os ninhos,
A mostrarem a todos os seres humanos,
Como trabalham repletas de carinhos,
Repetindo ou renovando todos os anos,
Onde nascem e criam os seus filhinhos,
E defendem do inimigo que faz danos.

Ela é sempre uma mãe boa protectora,
Alimenta todos os seres do nosso mundo,
A sua matriz contem raiz conservadora,
Que nos consagra o seu amor profundo,
E que cumpre sempre e na devida hora,
Que não falha nem sequer um segundo.

Torres Novas, 4/05/2016

Foto: Net

A DESPEDIDA




















O Meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Despedida!

Meu amor partiu,
Foi para a guerra,
Foi combater,
Nunca mais volta à terra.
Nunca mais o volto a ver.
É tão grande a saudade,
Que tenho no coração,
Rezo sempre uma oração,
Pedindo a Deus,
A sua protecção.
Vivo muito desolada,
A pensar que o perdi,
Que sorte tão mal fadada,
Como eu nunca vi,
Só me sinto desgraçada.
Cheia de lágrimas,
Passo os meus dias,
Sentindo os olhas a arder,
São tantas as arrelias,
Que mais valia morrer.
Que Deus me dê coragem,
Para poder suportar,
O vazio da minha vida,
Desde a hora da partida,
Ando sempre a chorar.

Torres Novas, 4/05/2016

Foto: Net

terça-feira, 3 de maio de 2016

ANSIEDADE




















Relicário
Autor: Manuel Mar.

Ansiedade!

Eu agora só necessito
De uma palavra singela
De muito carinho
E apenas requisito
Que a sua alma bela
De mansinho
Cheia de amor
Por favor
Dê-me um abraço
Muito grande
Como só você tem
Estou carenciado
De sentir
Um beijo seu
Que me mostre
Que sou eu
O seu amor
Porque o meu amor
É todo seu.

Torres Novas, 3/05/2016

Foto: Net

A PERDA DE UM AMOR



























O Meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Perda de um Amor!

Um choro,
Cheio de lágrimas,
Dolorosas,
De grandes mágoas,
Porque de repente,
Tudo acabou.
Um amor perdido,
É dor atroz,
Ausência de voz,
Turbilhão de incertezas,
Apenas tristezas,
Um coração partido.
Quem um amor perdeu,
Sente a alma como breu,
Negra e sofrida,
Uma luz escondida,
Ausência de claridade,
Mas é pura verdade.
É difícil esquecer um amor,
Que sem querer,
Se deixou de ver,
Sempre julgando ser seu,
E não podendo aceitar,
Se enche de profunda dor.
O seu desejo é procura-lo,
Mas as pernas ficam hirtas,
Nessas horas tão incertas,
De anseio desesperado.
Nem chamá-lo valerá a pena
Amor perdido encerra a cena.

Torres Novas, 27/07/2015
Foto: Net

AVISO URGENTE

















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Aviso Urgente!

Saibam que onde viemos nascer,
É o mundo de cobiça e ganância,
E é belo durante a nossa infância,
Se alguém nos acolher e proteger.

Neste mundo onde vamos morrer,
A política domina tudo sem parar,
A avidez de quem quer comandar,
Não se rala de quem tem padecer.

Nas mãos das ideologias políticas,
Só somos uma máquina produtiva,
Enquanto podermos trabalhar.

Quero já avisar as massas críticas,
Que não temos outra alternativa,
Precisamos de o poder conquistar.


Torres Novas, 3/05/2016

segunda-feira, 2 de maio de 2016

VIDAS SEM RUMO



















  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.

  • Vidas sem Rumo!

  • Difíceis são as vidas sem rumo,
  • De quem perdeu a esperança,
  • Vive sem nenhuma segurança,
  • São vidas desfeitas como fumo.
  •  
  • Hoje quem não tem emprego,
  • Fica à porta de uma desgraça,
  • Por mais que tente e que faça,
  • A vida não passa de degredo.
  •  
  • Hoje a democracia não presta,
  • Garante tudo aos seus filiados,
  • A parentes e muitos afilhados,
  • Para os outros já pouco resta.
  •  
  • Dividiram-nos em duas classes:
  • Privilegiados e Desfavorecidos.
  • Primeira classe: Bem-nascidos,
  • Segunda classe: Só Mal paridos.
  •  
  • Na primeira classe só entram:
  • Agentes e servidores do Estado.
  • Na segunda classe aguentam:
  • Privados e seus servos ao lado,
  •  
  • Privilegiados são os bem pagos,
  • E nunca podem ser despedidos,
  • Fazem as 35 horas, promovidos,
  • Ocupam todos os lugares vagos.
  • Desfavorecidos são os mal pagos,
  • Mas são quase toda a produção,
  • São despedidos sem comiseração,
  • Trabalham 40 horas e são nabos.
  •  
  • Qualquer pessoa sabe a verdade,
  • Mas a justiça continua bem cega,
  • A uns dá tudo, a outros só nega,
  • A democracia é uma calamidade.
  •  
  • Torres Novas, 2/05/2016

domingo, 1 de maio de 2016

AS COMADRES E OS COMPADRES














Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

As Comadres e os Compadres!

Ninguém sabe quando começou,
A tradição secular das comadres,
Bem como a dos seus compadres,
O certo é que até hoje ela vingou.

Celebrava-se antes do Carnaval,
Em duas semanas e consecutivas,
Essas quinta-feira seriam cativas,
Para a cerimónia muito especial.

A primeira era para as comadres
Se reuniram com todos os amigos,
E com os ritos todos muito antigos,
Elas escolhiam os seus compadres.

Cada compadre seria o padrinho,
Do próximo filho da sua comadre,
O baptizado celebrado pelo padre,
Seguido de boda com muito vinho.

A segunda era para os compadres,
Que procediam de igual maneira,
Escolhiam a comadre verdadeira,
E todos passavam a ter comadres.

Nas reuniões faziam petiscos bons,
Com muitos bolos, doces e bebidas,
Em noites sempre muito divertidas,
Com danças, cantares e belos sons.

Torres Novas, 1/05/2016

RELICÁRIO DO FADO - LÁGRIMAS DE SAUDADE



























  • Relicário do Fado
  • Autor: Manuel Mar.

  • Lágrimas de saudade!

  • Meu amor voltou-me as costas,
  • E eu nem sei o mal que lhe fiz,
  • Só desejo que seja sempre feliz,
  • Já não lhe abro mais as portas.

  • Guardo a lágrima de saudade,
  • Bem no fundo de meu coração,
  • Nem que ele me peça o perdão,
  • Jamais lhe farei a sua vontade.

  • Ele trocou-me por outra mulher,
  • É só mais uma que tem na vida,
  • Nunca me darei por convencida,
  • Não me serve um reles qualquer.

  • Hei-de arranjar um novo amor,
  • Mas estarei agora com o pé atrás,
  • Um homem que de tudo é capaz,
  • Para mim é um grande estupor.

  • Canto com a mágoa e a saudade,
  • Estampadas sempre no meu rosto,
  • Confesso que tive grande desgosto,
  • Mas já lhe perdoei a sua maldade.

  • E de mim ninguém tenha piedade,
  • Que já me esqueci desse malfeitor,
  • que só me deu migalhas de amor,
  • Mas deixou lágrimas de saudade.

  • Torres Novas, 1/05/2016

HOMENAGEM À MÃE

































Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

HOMENAGEM À MÃE!

Mãe! Tu és ternura e bondade,
O melhor que há neste mundo,
O teu amor é bom e profundo,
Tu és sempre mãe de verdade.

Nada se compara ao teu amor,
Por mais maravilhas que haja,
Nem haverá alguém que reaja
Como tu, ao filho que tem dor.

Tu fazes esta terra ser um céu,
No lar a amamentar os filhos,
Para crescerem e serem gente.

Não existe amor igual ao teu,
Enfrentando na vida cadilhos,
Tu mereces o céu sinceramente.


Torres Novas, 1/05/2016

A VIDA DE HOMEM

















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A vida de homem!

Complexa é a vida de um homem,
Que ama a vida e sabe o que quer,
Só pensa naqueles que não comem,
E nas guerras que tudo consomem,
Que ambiciona casar e ter mulher.

Enfrenta dificuldades na sua vida,
Sem pânico e sem medo de vencer,
E não quer nenhuma luta perdida,
Nunca se sente vencido à partida,
Lutando toda a vida e até morrer.

Trabalha com amor à sua profissão,
Procurando ser sempre competente,
Para merecer a melhor retribuição,
Empenha-se com esforço e devoção,
Para ser sempre honesto e eficiente.

Não quer rixas nem sequer querelas,
Vive com calma muito serenamente,
Foge do vício, não cai em esparrelas,
Mas gosta de contemplar as estrelas,
Sendo prudente e mais complacente.

Mas não há regra sem ter excepção,
Quando se mete nos copos à noite,
Por vezes surge a grande confusão,
Todos falam e querem ter a razão,
O que dá azo para surgir o açoite.

O homem cria sempre as amizades,
Com gente boa e outra de ocasião,
Nem sempre se dizem só verdades,
O mundo anda cheio de maldades,
O bom amigo é sempre um irmão.


Torres Novas, 1/05/2016


sábado, 30 de abril de 2016

RELICÁRIO: A VIDA É UMA PASSAGEM

RELICÁRIO: A VIDA É UMA PASSAGEM

A VIDA É UMA PASSAGEM




















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Vida é uma Passagem!

Eu sei bem o que é a vida,
E conheço o destino
Que me foi
Traçado ao nascer.
Já lidei com o amor,
Já senti muito afecto,
Mágoa, desalento, dor,
Alegria, e felicidade.
Já lutei duramente pela vida,
Já perdi entes queridos,
Tive horas infelizes,
Horas de resignação,
Momentos de triste ilusão,
De pavor e de traição,
De vingança e de perdão,
De juras quebradas,
Já tenho o meu quinhão.
A vida é uma caldeirada,
De coisas boas e coisas más,
Mas não vale a pena
Olhar para trás.
O rumo da vida é um
Caminho desconhecido,
Um puzzle, muitos dilemas,
Em que somos:
Senhores e autores;
Representamos muitas cenas,
Sofremos como feras nas arenas,
Ora ganhando ora perdendo,
Mas sempre, sempre lutando.
Já sei bem o que é a vida,
E que o meu destino será a morte.
Mas, pagar e morrer!?
Quanto mais tarde melhor.
Agora passo o tempo a escrever,
Mas quando já nada puder fazer,
E perder a essência da vida,
Espero ter ainda uma última sorte,
Passar bem na derradeira
Hora da minha morte.


Torres Novas, 1/05/2016

OS SANTOS POPULARES





















Relicário dos Prazeres

Autor: Manuel Mar.


Os Santos Populares!


As festas dos santos populares,
Celebram uma velha tradição,
Que o povo vive com devoção,
Com fogueiras e seus cantares.


O Santo António é o primeiro,
A quem todos pedem favores,
De protecção dos seus amores,
Por ter fama de casamenteiro.

Depois há a festa do São João,
Que é mais festejado no Norte,
A todos os namorados dá sorte,
Recompensando a sua devoção.

O último é São Pedro festejado,
Que é o Santo muito padroeiro,
Também é um bom conselheiro,
Muito celebrado em todo o lado.

São os Reis das festas populares,
Que se fazem sempre no Verão,
Todos lhe tem grande devoção,
São eles os protectores dos lares.

Torres Novas, 30/04/2016

OS SANTOS POPULARES





















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os Santos Populares!

As festas dos santos populares,
Celebram uma velha tradição,
Que o povo vive com devoção,
Com fogueiras e seus cantares.

O Santo António é o primeiro,
A quem todos pedem favores,
De protecção dos seus amores,
Por ter fama de casamenteiro.

Depois há a festa do São João,
Que é mais festejado no Norte,
A todos os namorados dá sorte,
Recompensando a sua devoção.

O último é São Pedro festejado,
Que é o Santo muito padroeiro,
Também é um bom conselheiro,
Muito celebrado em todo o lado.

São os Reis das festas populares,
Que se fazem sempre no Verão,
Todos lhe tem grande devoção,
São eles os protectores dos lares.

Torres Novas, 30/04/2016

VIDAS DESTROÇADAS



























Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

Vidas destroçadas!

Alguns falam da crise presente,
Como se bebe um copo de água,
Há quem mostre grande mágoa,
Há quem seja muito indiferente.

Os causadores toda agente diz,
Foi a má política de insensatos
Governos responsáveis por actos,
Que depauperaram todo o país.

Arranjaram tantas trapalhadas,
A corrupção fazia tudo ser seu,
Reinava um clima de vingança.

Causaram-se vidas destroçadas,
A quem o seu emprego perdeu,
Que vive agora sem esperança.

Torres Novas, 30/04/2016