terça-feira, 17 de maio de 2016

É CUSTOSO DIZER ADEUS



























O Meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

É Custoso Dizer Adeus!

Menino e de pouca idade,
Deixei a casa de meus pais,
Parti para a cidade,
Para estudar,
E vir a ser alguém!?
Mas na hora do adeus,
O coração gemia de dor,
As lágrimas corriam e escorriam
Quase como a água na fonte,
E o meu coração de menino,
Cheio de mágoa e dor,
Sofrendo com nunca,
Parecia que rebentava,
Era já saudade,
Que tanto o atormentava,
E naquela hora da partida,
A primeira despedida,
Dos meus queridos pais,
Era cruel de mais,
Ainda soltei alguns ais,
Mas o tempo estava contado,
Beijei os meus pais e irmãos,
Disse-lhes Adeus,
Adeus que me vou embora,
Peguei na mala e parti.
E depois lá na cidade,
Onde não conhecia ninguém,
Foi tremenda a saudade,
Que me dava vontade de fugir,
E de voltar para os meus.
Mas… os dias foram passando,
O meu trabalho era estudar,
E a saudade se fechou no coração,
Mas à noite ao deitar,
Uma lágrima aparecia,
Era a saudade que morria.

Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

O MEU AMOR É VADIO


























Relicário do Fado
Autor: Manuel Mar

O Meu Amor é Vadio!

Meu amor sabes bem o que eu sinto,
Já me cansei de te dizer que te amo,
Pois não te vejo há mais de um ano,
Tua vida não passa de um labirinto.

Tu fazes uma vida de grande vadio,
Mas com palavras doces me enganas,
E não suporto mais tantas patranhas,
Já nem és quem há muito me seduziu.

Tanta falta que tu sempre me fazias,
Agora já não vou pensar mais em ti,
O amor por ti já quase todo o perdi,
Nem me quero lembrar das arrelias.

Por tudo isso faz-me mais um favor,
De não voltares mais a me aparecer,
Porque eu agora te quero esquecer,
Já não suporto a tua falta de amor.

Até a saudade que no peito sentia,
Tua indiferença a acabou de matar,
Por isso eu por ti não posso esperar,
Vivo infeliz, já perdi minha alegria.

Torres Novas, 17/05/2016
Foto: Net

segunda-feira, 16 de maio de 2016

ABRAÇOS APERTADOS





















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Abraços Apertados!

Todo o amor é sempre carente,
De beijos, abraços, de carinhos,
Quem ama de coração e mente,
Tem sempre seu amor presente,
Para seguir feliz, seus caminhos.

Andar aos beijos é pois normal,
Como dar os abraços apertados,
A vida amorosa é fundamental,
Para gerar os filhos desse casal,
Vendo os seus sonhos realizados.

Com seus beijos crescem desejos,
Até seus lábios arder em chama,
Originando tantos longos beijos,
Dando seus abraços tão meigos,
Que os levam juntos até à cama.

Na cama só dormem abraçados,
E renovando suas juras de amor,
Os dois loucamente apaixonados,
Mantem os seus corpos agarrados,
Gozando suas delícias com fervor.

O amor mantem acesa a chama,
Que os une numa enorme paixão,
Mas vão ter que deixar sua cama,
Porque seu estômago já reclama,
São horas de tomar uma refeição.

Torres Novas,17/05/2016

 Foto: Net

O MUNDO DAS MULHERES























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

O Mundo das Mulheres!

Há muita conversa fiada
A respeito das mulheres
Talvez fosse bom lembrar
Que sem elas
Não estaria cá ninguém
Nisso estamos todos
Certamente em acordo
Não há mulheres iguais
Pelo menos fisicamente
Mas os critérios de beleza
Para cada um é diferente
Sejam elas bonitas
Feias ou gordas
Novas ou velhas
Todas podem ser boas esposas
E serem também boas mães
Há quem diga:
Até um trapo velho
Pode ter boa serventia
A mulher bela
Não tem a sua beleza
Nunca garantida
A feia também
Muda com a idade
Toda a gente
Sabe dessa verdade
Mas a vida de alguns
É de falsidade
Fazem da mentira
A sua verdade
Emitindo opiniões maliciosas
Mas todos sabem que as flores
São todas muito lindas
Especialmente as belas rosas
Por serem de todas as mais formosas
Fisicamente as mulheres
São todas belas como se fossem flores
Mais formosas ou menos formosas
Todas podem ser puros amores
Não vale a pena falar das qualidades
Porque alguns têm muitos dons
Outros terão menos
Conceitos de beleza
Cada qual tem o seu
Uns vêem tudo belo como um céu
Outros preferem ser como o diabo
E donos do mau-olhado
Mas ao fim ao cabo
Somos todos filhos da natureza
E só ela encerra toda a beleza.

Torres Novas, 16/05/2016
Foto: Net

AO NORTE DO RIBATEJO


















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Ao Norte do Ribatejo!

Ao norte do Ribatejo beijando a serra,
Na terra que foi rainha dos figueirais,
Onde agora quase só se vêem pardais,
A situação de crise faz lembrar guerra.

Dos figueirais só restam uns esqueletos,
As grandes fábricas foram encerradas,
Muitas gentes estão agora emigradas,
Mas ainda restam muitos analfabetos.

Há quem diga que isto é um progresso,
Para mim que não me sinto ignorante,
Andamos a viver às custas da Europa.

A dívida avança para o grande excesso,
Acabar o desemprego ninguém garante,
Haja alguém que os faça mudar de rota.

Torres Novas, 16/05/2016
Foto: Net

CARAS BONITAS























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Caras Bonitas!

O bonito é andar de cara lavada,
Com o seu cabelo bem penteado,
E vestir uma roupa bem asseada.
Até nunca será preciso mais nada,
Para a mulher encontrar agrado.

Até há quem faça tantas caretas,
Só para mostrar que é tão bonita,
Isso é como quem conta as tretas,
Quer sejam as brancas ou pretas,
Nessas jamais ninguém acredita.

Quem não quer mostrar a cara,
É bem capaz de até se esconder,
Não é por ter a cara muito rara,
É mais para se fazer muito cara,
Mas é só isso que dá a entender.

Porém quem melhor se apresenta,
E estando sempre bem arranjada,
Mesmo assim não vai estar isenta,
De ouvir a qualquer boca nojenta:
“Estás bonita mas não vales nada”

Quem só vê caras não vê corações,
Havendo já muita opinião escrita,
Que mulher bonita atrai atenções,
Mas seu coração só vive de ilusões.
Só a de bom coração é mais bonita!

Torres Novas,16/05/2016
 Foto: Net

VIVER NA ILUSÃO




























O meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

Viver na Ilusão!

Reviver na solidão palavras ditas,
É construir um império de ilusão,
Que é o caminho para frustração,
Que não entendes nem acreditas.

As ilusões são uma forma inocente,
De querer o que nunca se consegue,
Mas quem não quer não se atreve,
A fazer a orientação mais prudente.

Viver na ilusão é como viver sonhos,
Que só nos conduzem à ansiedade,
Mas na realidade é inconsequente.

As ilusões tem efeitos tão estranhos,
Que até a mentira parece verdade,
Tal é o poder ilusório dessa mente.


Torres Novas, 16/05/2016
Foto: Net

domingo, 15 de maio de 2016

INFINDA DOÇURA



















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Infinda Doçura!

A infinda doçura dos teus abraços,
Onde me sinto estar a viver no céu,
Se fossem tribunal queria ser o réu,
Para me sentir preso nesses braços.

Esses ternos abraços fazem os laços
Que me dão o bom desejo de viver,
E não me importaria de lá morrer,
Eu sinto o paraíso em teus braços.

A ternura dos teus braços é magia,
Que se derrete em amor e doçura,
Onde me sinto viver maravilhado.

Viver contigo é só prazer e alegria,
Um doce paraíso pleno de ternura,
Onde um amante mora encantado.

Torres Novas, 15/05/2016

Foto: Net

AMOR PLANGENTE





















O RELICÁRIO
Autor: Manuel Mar.

Amor Plangente!

Não reparas no que te digo,
Quando eu te falo de amor,
Até o cão do pobre mendigo
É sempre muito mais amigo,
Mas come o pão com bolor.

Mesmo diante de uma fonte,
Dentro de um extenso olival,
Talvez no aldo de um monte,
No meio de vasto horizonte,
E sem ti me sentirei tão mal.

Sem ti, logo muito me canso,
Só de olhar sem te poder ver,
Quando o meu olhar te lanço,
Sinto o coração em descanso,
E na alma o amor a crescer.

Nuvens de formas estranhas,
Por todo o céu correndo vão
Roçando grandes montanhas,
Crescem lá belezas tamanhas,
Que me distraem, mas tu não.

A pomba abraça no ar o par,
A nuvem não tem essa graça,
E quando te vejo a caminhar,
A imensa graça do teu andar,
É a felicidade que me abraça.

Torres Novas,15/05/2016
Foto: Net

AMOR BREJEIRO





























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Amor Brejeiro!

Eu amo-te como nunca amei,
Tu para mim és meu tesouro,
Vales mais do que puro ouro,
Desde bem novo de ti gostei.

Tu és uma donzela tão bonita,
Como eu nunca pensei de ver,
E não sei que mais posso dizer,
Só confesso a verdade acredita.

Por ti eu sou um apaixonado,
Que sem ti não poderei viver,
Gosto de ti e bem podes crer,
Sem teu sim ficarei acabado.

Se tu te demorares a responder,
Vou ficar de coração magoado,
Mas não vou bater noutro lado,
Porque só contigo desejo viver.

E se demorares tempo de mais,
À tua porta eu terei de ir bater,
Hei-de te amar até eu morrer,
Só não quero perder-te jamais.

Torres Novas, 15/05/2016
Foto: Net

PRANTO DE AMOR
























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Pranto de Amor!

Vendo o Face no computador,
Sentei-me triste amargurado,
E com o coração cheio de dor,
Das mágoas sofridas de amor,
Senti meu rosto ficar molhado.

Eram lágrimas que escorriam,
De meus olhos muito chorosos,
Os desgostos de amor viviam,
Como no peito já não cabiam,
Desfaziam-se tão desgostosos.

Desgostos de amor são fatais,
E deixam-nos descontrolados,
Ao perdermos os nossos ideais,
Surgem problemas irracionais,
Que nos fazem uns frustrados.

Julgava ter meu amor eterno,
Que fui imprudente, insensato,
Perdi o céu e fiquei no inferno,
É como perder o leite materno,
E pior que rasgar um novo fato.

Relembrando minhas mágoas,
De ter ficado tão abandonado,
Dá-me o consolo ver as águas,
Levarem desfeitos em fráguas,
Os desgostos do meu passado.

Torres Novas,15/05/2016

Foto: Net

sábado, 14 de maio de 2016

HÁ QUEM PASSE FOME
























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Há Quem Passe Fome!

Há gente que passa fome,
Desde que chegou a crise,
De quem tão pouco come,
Muita gente até se aflige,
Dando ajuda como pode.

Há muito desempregado,
Que não sabe como viver,
Está a ficar descontrolado,
Porque em nenhum lado,
Tem trabalho para fazer.

É já um grande problema,
Que está difícil de resolver,
Perante tão grave dilema,
Não basta ter muita pena,
Uma solução há-de haver.

Todos temos direitos iguais,
Então bastará contas fazer,
Quem tralhe horas demais,
Dispense tais horas imorais,
Aos que não tem de comer.

Deveria ser dividido o labor,
Por quem dele precisa bem,
Não é por alguém ser doutor
Que o seu direito é superior
Ao daquele que pouco tem.

Torres Novas, 15/05/2016

Foto: Net

A MINHA CRUZ




















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Minha Cruz!

A nossa vida poderia ser o paraíso,
Mas foi cometido o pecado original,
A Mãe Eva fez Adão perder o juízo,
A desobediência foi pecado mortal,
Por causa da sua falta de bom sizo,
Legaram aos filhos herança mortal.

Quando olho a Santa Cruz de Cristo,
Onde ele morreu para todos salvar,
Eu como todos os mortais cá resisto,
Às dificuldades que temos de passar,
Neste mundo tão cruel e imprevisto,
Onde todos teremos que nos salvar.

A minha cruz que nunca senti leve,
Tem-me tirado boas horas de sono,
A gente sem pensar bem se atreve,
A usar algo e sem falar com o dono,
Vai ter de pagar mais do que deve,
Mesmo estando tudo ao abandono.

Rumo à morte e à ressurreição,
Vou cumprir as Leis e as Regras,
Enquanto bater o meu coração,
Mas hoje as vidas estão negras,
O mundo é só o mal e confusão,
Cheio de ódio e duras palavras.

Seguro a minha cruz e não desisto,
Peço ao Criador que dê da sua luz,
Para ver bem o caminho de Cristo,
Para poder suportar a minha cruz
E sem correr na minha vida o risco
De suportar o calcário como Jesus.

Torres Novas, 14/05/2016
Foto: Nat

CARTA AO MEU AMOR







































O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Carta Ao Meu Amor!

Sinto-me loucamente apaixonado,
Desde a hora tão feliz em que te vi,
Que cheio de amor me entrego a ti,
Tenho alma e coração enamorado.

Foi a doçura atraente do teu olhar,
Que toda a minha alma já seduziu,
E a tua meiga voz o meu ser atraiu,
Toda a minha vida te quero amar.

Esta Paixão por ti há-de ser eterna,
E amar-te só nesta vida será pouco,
Pois te quero ver feliz eternamente.

Tu és uma mulher tão doce e terna,
Por momentos até pareço um louco
Porque sinto que te amo loucamente.

Torres Novas, 14/05/2016

Foto: Net

AS LINDAS FLORES

























Relicário
Autor: Manuel Mar.

As Lindas Flores!

Também as flores são paixão
Por todo o seu encanto e beleza
Que nos é dado pela natureza
Todas as flores são fascinantes
E captam muitos amantes
Principalmente as rosas
Que são todas graciosas
Com um odor maravilhoso
Toda a gente gosta delas
Até a rosa-albardeira
Que nasce no meio das pedras
Superando dificuldades
Vivendo na solidão
Mas é formosa como as rivais
E ainda digo mais
Falam delas os poetas
Bem como bons cantores
Atraídos pelas suas belas cores
E pelos seus bem cheirosos odores
Elas são verdadeiros amores
Todas são parecidas com as mulheres
Ou são as mulheres como elas
Todas elas e sem excepções
Arrebatam os corações
De quem mais gosta delas
Quando são lindas donzelas
As mulheres são como as flores
Que se transformam em amores
Com a sua linda beleza
São os prodígios da natureza!

Torres Novas, 14/05/2016

Foto: Net

O RIBATEJO


















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

O Ribatejo!

Os milheirais das tuas nobres campinas,
Dão-nos saboroso pão que nos alimenta,
Criado pela tua terra fértil e lamacenta,
Filha do Rio Tejo, e são bençãos divinas.

A história relata a tua ajuda à Nação,
O Tejo que tanta riqueza nos assegura,
Ao dar-nos a sua água saborosa e pura,
Que nos mata a sede e alegra o coração.

Tuas terras criam as manadas de gado,
Que mostram a força da tua natureza,
E muito engrandece todo o nosso País.

O Ribatejo é para nós o grande legado,
E constitui boa parte da nossa riqueza,
Que é para Portugal uma grande raiz.

Torres Novas, 14/05/2016

Foto: Net