quinta-feira, 26 de maio de 2016

VIDAS VIRTUAIS
































Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Vidas Virtuais!

No admirável mundo da Net,
Sentimos emoções escaldantes,
Já nada é como dantes,
As paixões nascem à distância.
Com o novo amor virtual,
Que mais parece um jogo,
De motivações extravagantes,
Nada como os antigos amantes,
Que namoravam à janela,
Ou junto à porta da casa,
Debaixo do olhar da mãe,
A beijarem às escondidas,
Só aos Domingos e às 5ªs. Feiras,
Se viam os namorados.
Mas agora os namores da Net,
Trocam beijos de irrealidade,
Fazem promessas de amor,
De verdade ou falsidade,
Essa miragem causa sedução,
Que faz sentir amor no coração,
Quase à vista de toda a gente,
Mas todos ficam indiferentes.
O amor virtual…
É e não é divertimento,
Quando acaba em casamento,
Logo depois de pouco tempo,
Esmorecem as paixões,
E os céus que cobriam o paraíso,
Tornaram-se em ilusões,
Que se transformam em discussões
Difíceis de suportar,
E que provocam as separações,
Que acabam com o problema.
Para matar a tristeza depois,
Regressam de novo à Net,
À procura de novas aventuras,
Outros amores novas loucuras,
Porque o mundo está mudado,
Cada qual vai para o seu lado,
Sem haver hipocrisias,
Só querem é gozar os dias,
E só pode haver um resultado.
O que lemos nos jornais,
Com episódios fatais,
Pais abandonados a viver na rua,
Filhos perdidos cheios de vícios,
E a população cada vez é menos,
Todos reclamam direitos,
Mas os efeitos são o mundo que temos.
Agora à gente que diz mal da Net,
Porque ela é a raiz dos problemas,
Mas são tantos os dilemas,
Que a vida hoje enfrenta,
E a política disso não fica isenta.
Na minha modesta opinião,
O problema é mais de falta de educação,
E de mais amor ao semelhante,
Que no passado já distante,
Essa era a solução.

Torres Novas, 26/05/2016

Foto: Net





AS DÚVIDAS DO VIVER




















Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

As Dúvidas do Viver!

Imensas dúvidas todos temos,
Porque a cabeça tudo pensa,
A dúvida faz a sua presença,
Se nós o caso não conhecemos.

Todos nós de tudo duvidamos,
E precisamos primeiro de ver,
Jesus disse: “Bendito o que crer”
Sem ver? Nós não acreditamos.

A dúvida dá-nos a protecção,
Para não sermos enganados,
Mesmo quando assegurados,
Precisamos de ter a convicção.

Na dúvida até fica a senhora,
Cujo marido estava a chegar,
Que vê sua empregada corar,
De maneira comprometedora.

Quem duvida põe a questão,
Nem o réu aceita a sentença,
Quando tem certeza e crença,
Defenda-se com a sua razão.

Torres Novas, 26/05/2016
Foto: Net

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A PORCA DA VIDA





























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Porca da Vida!

Nem só os animais de tromba,
São maus e dão as trombadas,
Há já homens dando facadas,
A porta de casa já se arromba.

Estamos a viver a calamidade,
Da enorme falta de vergonha,
Falta haver quem se imponha,
E faça voltar a tranquilidade.

A vida está agora mais porca,
Há falta de segurança policial,
E estão à espera do quê afina?
Mas já é preciso fazer a forca!?

Nas aldeias e até nas cidades,
É muito grande a roubalheira,
Acreditamos que há maneira,
De acabar com as atrocidades.

Será que é preciso defesa civil,
Para fazer a nossa segurança,
Já vamos perdendo esperança,
Que nos deu o dia 25 de Abril.

Torres Novas, 26/05/2016
Foto: Net 

O ESCREVER DÁ SABER


























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Escrever dá Saber!

Era ainda muito novo e já escrevia,
Versos lindos e de pura brincadeira,
Eram as charadas de muita asneira,
Versos de amor e maldizer eu fazia.

Via e escrevia com os olhos da alma,
Mas sem os fazer só por versos fazer,
Nem escrevia com pressa e a correr,
Fazia tudo sempre na minha calma.

Escrevia veros e fazia as caricaturas,
Actuando sem ter responsabilidade,
A pouca idade não via as distâncias.

Aprendi com meus erros e censuras,
A respeitar os outros com dignidade,
Em todas as variadas circunstâncias.

Torres Novas, 25/05/2016

Foto: Net

LISBOA CIDADE CAPITAL

























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Lisboa Cidade Capital!

Já te conheci, minha esbelta cidade,
Quando eu era ainda muito menino,
Vivia num colégio, e alegre e ladino,
Estava nos meus doze anos de idade.

Era o Manuel Bernardes no Lumiar,
E só fiz lá o segundo ano dos Liceus,
E no fim do ano disse a todos Adeus,
Para ir estudar na cidade de Tomar.

Foi lá que participei numa opereta,
Que o colégio apresentou no S. Jorge,
Lá me estreei como pequeno cantor.

Depois cantei, bailei e vivi da treta,
Levando sempre às costas o alforge,
Sinto saudade mas já lixei o motor.

Torres Novas, 25/05/2016

Foto: Net

ABRAÇO DE SAUDADE


















Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Abraço de Saudade!

Quando os braços dão um abraço,
De tantas saudades do seu amigo,
Abre os braços com desembaraço,
Pois as saudades ficaram consigo.

Os braços abertos pelas saudades,
Que sentia duramente no coração,
Porque todo amigo é como irmão,
E desejamos-lhe muitas felicidades.

Se um abraço é dado com verdade,
Pois ver o amigo nos dá felicidade,
E nos faz sentir sempre as alegrias.

O abraço amigo prova a amizade,
Que nos faz sofrer só pela saudade,
De quem se afastou há muitos dias.
  
Torres Novas, 25/05/2016

Foto: Net

MULHER BONITA



























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Mulher Bonita!

Mulher bonita é uma flor de jardim,
E que a cada dia fica mais formosa,
O seu encanto e sua beleza sem fim,
O maravilhoso é tê-la ao pé de mim,
Bonita e cheirosa como a linda rosa.

Com o cabelo lindo e bem penteado,
E vestindo a roupa tão bem cuidada,
Ela vai causar a todos muito agrado,
Quando veste um vestido encarnado,
Até a circulação na rua fica parada.

Sai à rua com os lábios bem pintados,
As maçãs do seu rosto parecem romãs,
Com os seus longos cabelos aloirados,
Faz os homens parecerem os tarados,
Que ficam bêbados logo pela manhã.

A beleza da linda mulher até merece,
Levar bom fio de ouro no seu pescoço,
Todo o seu valor muito se engrandece,
E até o mais novo rapaz se enternece,
Por ver á sua frente um lindo tesouro.

“Estás tão bonita” ele lhe queria dizer,
Mas sentiu-se logo muito atrapalhado,
Com as pernas e todo o corpo a tremer,
Que lá se foi sorrateiramente esconder,
E deu a impressão de até se ter mijado.

Quem vê caras em vez de ver corações,
Há já muita e variada opinião escrita,
A mulher bonita atrai muitas atenções,
Mas tem o coração a viver mais ilusões,
Só a de bom coração merece ser bonita!

Torres Novas, 25/05/2016

 Foto: Net

terça-feira, 24 de maio de 2016

PARAÍSO DOS SONHOS





















Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Paraíso dos Sonhos!

Ao contemplar a água da fonte
A correr serena tão lentamente,
Enquanto no céu e no horizonte,
Onde se vê o bem florido monte,
E tantas aves voam ternamente.

Do monte sopram brisas suaves,
Sinto no corpo muito bem-estar,
E tornam mais agitadas as aves,
Que fazem reviravoltas audazes,
Num grande redopio sem parar.

Tudo isto sinto nos meus sonhos,
Como se no paraíso caminhasse,
Entre os lindos anjinhos risonhos,
Vendo os seus grandes encantos,
Como se no céu me encontrasse.

Ao sol a ver desabrochar as rosas,
Sentindo na alma bater o coração,
E a saudade das carícias amorosas,
Que matavam as horas amargosas,
Desses dias da triste e cruel solidão.

Dos momentos que sonhando vivi,
Vendo tantas maravilhosas cenas,
No paraíso sonhado espero por ti,
Para passar contigo horas serenas,
O que desde sempre eu te prometi.

Torres Novas, 25/05/2016

Foto: Net

O PETRÓLEO É O DIABO

























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Petróleo é o Diabo!

Mote
Já dizem que o petróleo é o diabo,
Sem deixar falar quem sabe disso,
Alguém vai pagar o compromisso,
E querem já mandar como Estado.

I
Quem assistiu ao “Prós e Contras”,
Da última Segunda-Feira passada,
Ouviu frases estudadas e já prontas,
A fazer uma campanha assanhada,
E já mostram que feitas bem contas,
O petróleo nem é preciso para nada,
E todos vivem lá bem com o turismo,
O petróleo seu negócio só estragaria,
O Algarve fez um grande alarmismo,
Na defesa serrada da sua soberania.

II
Os algarvios estão a defender o tema,
Utilizando já todas as forças políticas,
E colocam o país num grande dilema,
Mas no fundo não aceitam as críticas,
Julgando possuírem a razão suprema,
Utilizando as suas frases mais satíricas,
Com o desejo de encerrar o problema,
                 Mas no debate muito bem todos viram,
                 A ninguém lá a falar de forma serena,
                 E ficaram na mesma como chegaram.
                 III
                 Fazendo crítica a esse soberbo debate,
                 A D. Fátima Ferreira não esteve bem,
                 Os algarvios tocando os sinos a rebate,
Ficaram muito aquém todos também,
E quem sabia do que falava foi calado,
Pela gente algarvia e bem concertada,
Mas ninguém soube e de nenhum lado,
Nem sequer ninguém de forma isolada
Soube dizer se há petróleo em Portugal,
Só Deus sabe; mas Ele, nada leva a mal.
IV
Há doutores por ai com a licenciatura,
Tirada de forma fácil e inconsequente,
Mas esta vida cada vez fica mais dura,
Alguns julgam-se ser gente eloquente,
E cedo mostram a sua falta de cultura,
Mas com ideologia bem impertinente,
E depois vendem a sua alma ao diabo,
Só falam alto a fazer a demonstração,
Mas só mostram que ao-fim e ao cabo,
Ter pura ideologia e só de contestação.
V
Certo é que nem cá nem lá no Algarve,
Há petróleo oficial, só há algum cheiro,
Mas há gente pouco culta e tão alarve,
E capaz de chamar chuva ao nevoeiro.
Mas parece que e desde á oitenta anos,
Muita gente já gastou e muito dinheiro,
Á procura o ouro negro e teve só danos,
E de petróleo até hoje só ficou o cheiro,
Quem se julga esperto, dá falso alarme,
Mas afinal também lhes falta o charme.

Torres Novas, 24/05/2016

Foto: Net

INSPIRAÇÃO POÉTICA


























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Inspiração Poética!


A inspiração do poeta é natural,
E espontânea como seus sonhos,
Basta comer alguns medronhos,
Dorme e tem um sonho divinal.

Nem sei o que contem esse fruto,
Quando o como fico um bêbado,
Alegre e todo mesmo azombado,
Mas sentindo uma força de bruto.

Então, julguei ver tudo mais belo,
E com a inspiração extravagante,
Especial com doçura tão delirante.

E escrevi logo este poema singelo,
Já agarrado à minha bela amante,
Só ela me serviu de bom calmante.

Torres Novas, 24/05/2016

Foto: Net

A QUERELA DO PRESENTE





Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Querela do Presente!

Mote
A vida trás novos problemas,
No público e até no privado,
E a política que faz o Estado,
Sempre a agrava os dilemas.

I
E o que mais me custa a entender,
É como pensa até muita da gente,
Tiraram cursos sem nada aprender,
Mas julgam-se ser gente eloquente,
Mas muito do que dizem é de crer,
É só ideologia e bem impertinente,
Venderam sua alma toda ao diabo,
Falam alto a fazer a demonstração,
Mas mostram que ao-fim e ao cabo,
É pura ideologia só de contestação.
II
O certo é que enganam muita gente,
Prometendo tudo que por cá nem há,
Todo o País que temos presentemente,
Todos deveriam saber bem como está,
Desta forma viveremos eternamente,
Do que esse estrangeiro ainda nos dá,
Há muito vivemos à custa de credores,
Todos devem saber que isto é verdade,
Mas a cabeça desses novos pensadores,
Não entra mais esta terrível realidade.

III
Se o nosso Estado fizer contas a claro,
Chegará facilmente a uma conclusão,
O ensino do Estado lhe fica mais caro,
Do que a ajuda que ao particular dão,
E ainda por cima também não é raro,
Ver no privado dar melhor educação,
Por isso, como o poupar dá um ganho,
Contas bem-feitas vão-no demonstrar,
É preciso o ensino público ter empenho,
O Estado poupa ajudando o particular.

Torres Novas, 24/05/2016
Foto: Net

segunda-feira, 23 de maio de 2016

LOUCURA DE PAIXÃO

























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Loucura de Paixão!

Morrer por uma causa que não esqueço,
É uma morte absurda por algo ausente,
Um sentir ledo de viver tão descontente,
De ser vítima de acções que não mereço.

Foi a paixão que ainda me enlouquece,
Nadas que fazem triste o meu presente,
Sentir que diz a verdade quando mente,
E ignorando a frase que não se esquece.

Faleço no tormento contínuo de tortura,
Com que este corpo e minha alma aflijo,
Para ressuscitar em colossal sofrimento.

Por querer livrar-me de paixão obscura,
E devido ao que eu muito de mim exijo,
Estou esquecendo esse grande tormento.

Torres Novas, 24/05/2016

Foto: Net