segunda-feira, 30 de maio de 2016

OS ESPÍRITOS NÃO DORMEM































Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

Os Espíritos Não Dormem!?

Quando o nosso corpo dorme sereno,
Está a nossa alma ocupada em vigia,
E desenrolando com sonhos e magia,
De que acordamos de modo ameno.

Mas se na memória temos segredos,
Como no baú muito bem trancados,
Às sete chaves muito bem fechados,
A alma sabe todos os nossos enredos.

A nossa alma não precisa de chaves,
Para abrir o nosso cofre tão sagrado,
É mais sentinela, e tudo é registado,
Tal como fazem ao vinho nas caves.

É de concluir que a alma não dorme,
Mas este mistério da vida do espírito,
E ainda que, possa ter algum mérito,
Esse grande mistério é ainda enorme.

Um homem que goste de tudo saber,
Esforça-se a aprender pouco ou nada,
A natureza tem a sabedoria gravada,
Só Deus que sabe tudo, não quer dizer.

Torres Novas, 30/05/2016

Foto: Net

domingo, 29 de maio de 2016

POEMA EXPRESSIONISTA
















Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

Poema Expressionista!

Quem diz que a poesia é linda,
Sabe daquilo que muito gosta,
Ou então fez uma boa aposta,
Para levar alguém com a finta.

As palavras são tão traiçoeiras,
Mas cuidado com a pontuação:
Há coisas parecendo o que são,
Elas nem são nada verdadeiras.

Quando algo está a correr mal,
Optem logo na melhor solução,
Com a minha modesta opinião,
Antes cadeia do que o hospital.

O cão da minha linda vizinha,
Namorou com a minha cadela,
Namorei a vizinha à noitinha,
Assim a coisa ficou ela por ela.

Quem no céu conta as estrelas,
É louco ou nada tem que fazer,
As mulheres quanto mais belas,
Tanto melhor se tem de escolher.

Torres Novas, 29/05/2016
Foto: Net

A DOCE PAIXÃO




























Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

A Doce Paixão!

Um grande amor é uma paixão,
Que vive na alma de quem ama,
E que alegrando todo o coração,
Faz o peito arder até em chama,
Que no sexo faz subir de tensão,
E muitos desejos de ir p’rá cama.

A doce paixão é tão estimulante,
Que o apaixonado só quer amar,
Só está bem junto da sua amante,
Até as refeições esquece de tomar,
Não é como o Cavaleiro Andante,
Só com o seu amor quer namorar.

Os dias de trabalho são tormento,
A toda a hora pensa no seu amor,
Já que só ela é na vida seu alento,
Mas longe dela o coração tem dor,
No trabalho o relógio parece lento,
E é rápido ao namorar a linda flor.

Quem se sente já louco de paixão,
O seu único remédio é o casamento,
Na vida não temos melhor solução,
Para a paixão não dar o tormento,
Se não houver cama ainda há chão,
Para remediar falta de alojamento.

Torres Novas, 29/05/2016

Foto: Net

FRASES GLORIOSAS



















O MAIOR POETA GREGO DA ANTIGUIDADE


O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Frases Gloriosas!

Uma frase bem dita é mais bonita,
Porque é dita no seu tempo certo,
Ouvindo um verso a alma se agita,
Porque ouve algo em que acredita,
E parece ouvir música no concerto.

O que sabe bem daquilo que fala,
Quem o escuta percebe-o melhor,
Os seus versos são trajados de gala,
Quem o lê sente-se feliz e se regala,
E por vezes, até já os repete de cor.

Todo o poeta que seja eloquente,
Escreve com palavras as emoções,
Foi outrora, também no presente,
E ninguém pode ficar indiferente,
As belas palavras movem corações.

Se um poeta ganha fama demais,
Ao fazer poemas cheios de beleza,
Se a sua forma e jeito são imortais,
É porque desde tempos imemoriais
Ouve artistas da maior grandeza.

 Torres Novas,29/05/2016

 Foto: Net

CRÍTICA INDEFINIDA
































O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Crítica Indefinida!

Os criadores de versos sem métrica,
Sem rima e de palavras despejadas;
Só com modernices já ultrapassadas,
Não contesto, mas não tem estética.

Façam quadras e sonetos com estilo,
Com as ideias claras e bem definidas,
Com roupagens novas ou de antigas,
Que dê prazer ao lê-lo e ao ouvi-lo.

Eu não quero dizer mal de ninguém,
Só quero chamar a atenção aos que,
Fazem versos de qualquer maneira.

Mas não me parece que haja alguém,
A gostar dessa nova poesia, porque:
Ela nem pode ser poesia verdadeira.

Torres Novas, 29/05/2016

Foto: Net

OS DIAS TRISTES






























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Os Dias Tristes!

Os dias tristes de Inverno chuvoso,
Ventoso com tantas tempestades,
Rouba-nos todas as comodidades,
O que nos irrita o sistema nervoso.

Mas, há tantos que amam a neve,
E vão passear p’rà Serra da Estrela,
Onde patinam na neve muito bela,
Toda a gente mais nova se atreve.

Uns sentem tristeza outros alegria,
Depende das diferentes situações,
E do sentir que cada um pode ter.

Quando novos amamos a correria,
Mas os velhos tem outras opiniões,
E sentem mais o medo de morrer.

Torres Novas, 29/05/2016

Foto: Net

sábado, 28 de maio de 2016

O AMOR CARNAL




































Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Amor Carnal!

O instinto provocado pelo sexo,
Começa a ser forte na mocidade,
Atinge o auge na força da idade,
Quando o corpo fica desconexo.

O forte instinto para sexo fazer,
Ultrapassa o desejo de namorar,
Quando não pode mais esperar,
Masturba-se para sentir prazer.

Isso acontece e há-de continuar,
Porque o instinto a isso o obriga,
Enquanto um par não encontrar.

Às vezes vão às boates arranjar
Engate com rapaz ou rapariga,
Havendo dinheiro para gastar.

Torres Novas, 29/05/2016

Foto: Net

APELO À PAZ NA TERRA
































Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

APELO À PAZ NO MUNDO!

Mote
Quando há guerra no mundo,
Anda gente a morrer de fome,
E quem nada tem nada come,
Ouvimos um clamor profundo.
I
No mundo quando rebenta a guerra,
Há mortes e o grande terror da fome,
Gente que foge da sua querida terra,
Gente que não trabalha e nada come,
E os homens transformam-se em fera,
Que a outros retira o que ele consome,
E muita gente desesperada só espera,
O resultado para acabar tal síndrome,
A vida de muitos na guerra se destrói,
Só quem lá morre fica a ser um herói.
II
A guerra que causa mais fome e dor,
Que deixa todos os povos em agonia,
A fugirem de suas casas com o pavor,
Que a guerra provoca e em cada dia.
Sujeitam-se a sair para o estrangeiro,
À procura da paz e da fraternidade,
Perderem bens e todo o seu dinheiro,
Porque a guerra é a maior maldade,
E no meio de uma enorme confusão,
Perdidos eles pedem abrigo e o pão.

III
Quem provoca a guerra é criminoso,
O mundo deve de julgar e condenar,
Mas o mundo faz até jogo duvidoso,
Pois nem todos se desejam arriscar,
Pois o caminho da guerra é sinuoso.
Assim o mundo fica cruel e infernal,
Há milhões de vidas a correr o risco,
Que por todo o mundo passam mal,
Com um futuro cada dia imprevisto.
Valha-nos o Senhor Deus Jesus Cristo!

Torres Novas, 28/05/2016

Foto: Net

VERDADES INFINITAS
























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Verdades infinitas!

Só compra flores aos molhos,
Quem gosta muito de flores,
A beleza vê-se com os olhos,
Só com o coração os amores.

Quem não fala com verdade,
Quando se declara com amor,
Tem no coração só a maldade,
Que o faz ser grande impostor.

Um homem de cor qualquer,
Nasce sempre como o macaco,
Só o homem nasce da mulher,
Todos nascem por um buraco.

Já ouvi até chamar de bonita,
À mulher feia, o homem dela,
Só ela se riu, porque acredita,
Para os olhos dele, ela é bela.

Se as contas não batem certo,
Há sempre uma certa solução,
Mas quando para um coração,
Só a morte lhe traz o conserto.

Torres Novas, 28/05/2016

Foto: Net

sexta-feira, 27 de maio de 2016

FANTASIA AMOROSA






























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Fantasia Amorosa!

Deixa-me apalpar as tuas rosas,
Nesse jardim vigiado pelos leões,
Porque só desejo novas emoções,
Nas tuas ancas tão maravilhosas.

Ao ver teu porte deveras sedutor,
Imagino essa flor mais escondida,
Onde há loucos prazeres da vida,
Para o amante perdido de amor.

Eu gostaria de ser teu jardineiro,
E tratar desse jardim toda a vida,
Para o guardar melhor que leão.

Se rejeitares este amor verdadeiro,
Eu me darei a ti em contrapartida,
Cuidarei do teu jardim com paixão.

Torres Novas, 27/05/2016

Foto: Net

A CASA ASSALTADA


















Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Casa Assaltada!

Outrora a casa era habitada,
Onde havia muita felicidade,
Nela a vida tanto rejubilava,
Da gente boa que lá morava,
Cultivando essa fértil herdade.

As crianças lá corriam felizes,
Do quarto á porta de entrada,
Mas elas eram apenas petizes,
Nem sabiam o que são crises,
Mas vivam lá despreocupadas.

Mas hoje essa casa não é nada,
Ela foi assaltada pelos ladrões,
E agora está toda desabitada,
Levaram as portas de entrada,
E até todos os seus seis portões.

Levaram chaminés e as janelas,
E tudo o que lá havia em metal,
E deixaram as paredes partidas,
Duas casas de banho destruídas,
Fizeram a sua destruição total.

Foi feita uma queixa na polícia,
Até parecia ao dono culparem,
Usaram artimanhas de malícia,
Quando lhes foi dada a notícia,
A fugirem da queixa aceitarem.

A queixa lá seguiu ao Tribunal,
Não consegui saber mais nada,
Dos ladrões nunca houve sinal,
Mais tarde recebi do Tribunal,
Nota dessa queixa arquivada.

Torres Novas, 27/05/2016

Foto: Anexa

A ESPERANÇA NA VIDA

























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Esperança na Vida!

Quando os dias passam devagar,
A esperança cumpre o seu dever,
Porque ela sempre nos vai ajudar,
A resolver o dilema que aparecer.

Só ela nos ajuda a saber esperar,
Quando a dificuldade nos surgir,
É a força que a esperança gerar
Que nos impede de vacilar e ruir.

Quem tiver esperança com saúde,
Nada de mal no futuro vislumbra,
Porque a esperança dá segurança.

Quem tem os problemas amiúde,
A esperança passa ser penumbra,
Na penumbra vacila a esperança.

Torres Novas, 27/05/2016

Foto: Net

AMAR É SOFRER























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Amar é Sofrer!

Quem nasce é para amar e sofrer,
O que está definido e comprovado
A vida resulta do amor consomado,
Porque amar e sofrer é nosso viver.

Mas ninguém nasce pelo seu querer,
E nasce apenas quem foi originado,
Num acto sexual de amor realizado,
Ou de outra forma que possa haver.

O amor dá felicidade e muito prazer,
Mas se os seus actores não se dão bem,
Uma parte deles vai mesmo ao fundo.

Quem ama sujeita-se a ter de sofrer,
É essa a condição que a vida contém,
Desde a origem do homem no mundo.

Torres Novas, 27/05/2016

Foto: Net

A VIAGEM DA VIDA

































Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Viagem da Vida!

A viagem da vida é tão curiosa,
Que se faz com pressa e a correr,
Mas ninguém procura aprender,
Que devagar se faz arte valiosa.

Para quê passar a vida a correr,
Se? A morte é certa e traiçoeira,
E eu quero descobrir a maneira,
Para se ter boa vida até morrer.

Trabalhar para juntar dinheiro,
Para depois se ter de cá deixar,
É melhor gastá-lo e sem pensar,
Do que deixar cá um mealheiro.

E até já às vezes tenho pensado,
Devagar é que se vai bem longe,
Para quê correr e atingir o auge,
Se o melhor é andar descansado.

Fazer do trabalho uma batalha,
Já não cabe na cabeça da gente,
O trabalhar demais é indecente,
E mau para quem não trabalha.

Torres Novas, 27/05/2016

Foto: Net

quinta-feira, 26 de maio de 2016

POEMA AO MEU AMOR





















Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Poema ao meu Amor!

Gosto do teu jeito de menina,
Amo a tua maneira de viver,
E gosto tanto de ti podes crer,
Para mim és a bênção divina.

O sorriso mais lindo é só o teu,
As tuas mãos são tão sensíveis,
Teus lindos olhos são incríveis,
Sou feliz por teu amor ser meu.

Tu és para mim flor em festa,
E o mais belo amor a brilhar,
Eu vivo feliz por ser o teu par.

A minha maior alegria é esta,
Pois só a ti desejei conquistar,
E toda a vida hei-de te amar.

Torres Novas, 26/05/2016

Foto: Net

FADO DO ACABADO






















Relicário da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Fado do Acabado!

Ao ficar desligado do trabalho,
Senti a vida mudar de repente.
Eu era já um velho sexagenário,
Que estava a arrumar o fadário
De uma forma mesmo inocente,
Como a tirar cartas do baralho.

Como se o mundo não existisse,
O universo tivesse desaparecido,
E muito frio meu corpo sentisse,
Já a ficar muito mais esquecido,
Como se aquela vida se partisse,
E sem nada de vinho ter bebido.

Já fiquei do trabalho desligado,
Quero agora olhar o amanhecer,
Sentir-me finalmente inspirado,
Para uma bela poesia escrever,
E nunca mais me sentir parado,
Porque fazer poesia dá prazer.

Já me cansa limpar as árvores,
Agora só posso regar o jardim,
E já não tenho tantos amores,
Toda a vida humana tem fim,
Gosto mais é das minhas flores,
E de quem diz gostar de mim.

Torres Novas, 18/10/2015

Foto: Net