quinta-feira, 9 de junho de 2016

O SABER NÃO OCUPA LUGAR












                                 Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Saber não Ocupa Lugar!

Um velho aforismo que estabelece,
Muito claramente e sem dúvidas,
Que a aquisição de novos saberes,
Experiências e competências,
Alargam o conhecimento,
Conduzindo a melhores viveres,
Mas quem mais sabe,
Mais esquece.
Esta frase diz, de forma implícita,
Que o ganho por mais se saber,
É uma riqueza que não ocupa lugar,
Não necessita de um armazém,
Não se guarda em cofres,
E com tal:
Não arde nem se gasta;
Está sempre ao nosso dispor;
Em qualquer circunstância;
Sem problemas de distância;
Como um poeta diletante,
Que mais aprende mais escrevendo,
Como quem aprende solfejo,
Sabe o dó, ré, mi…
Que é uma linguagem de escala.
Quando o saber é fruto da experiência,
Abre portas à ciência…
Mas o saber não ocupa lugar.

Torres Novas, 9/06/2016
Foto: Net

A ROSA SILVESTRE






































Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Rosa Silvestre!

No meio das pedras nascida,
A flor silvestre faz sua vida,
Sempre linda e formosa.
Até a rosa-albardeira,
Vive à sua maneira,
Mesmo no meio do mato,
Num terreno ingrato,
Quase morrendo de sede,
Encostada à parede,
De pedra descarnada,
Seja branca ou encarnada,
É sempre bela,
Como simples rosa.
Mas tu és uma rosa, um amor,
Sempre amada e querida,
Pelo teu grande esplendor,
Que dá alegria à vida.
Tu és a rosa mais bela,
E és a mais linda flor,
Tu não temes a procela,
Nem do Sol o calor.
As pedras ao teu redor,
Parecem chorar,
Quando o Sol te queima,
E te falta a seiva,
Ou quando a chuva cai demais,
E te parte e tu cais.
Tu precisavas de bom abrigo,
Mas preferes a simples natureza,
Porque és bela e triunfante,
Quem me dera ter assim,
Uma linda amante.

Torres Novas, 9/06/2016
Foto: Net

DITOS E FANTASIAS







































Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Ditos e Fantasias!

Quem tem filhos tem cadilhos,
Quem os não tem cadilhos tem,
Maus casamentos dão sarilhos,
E os bons casamentos também.

Em casa de qualquer ferreiro,
Só tem espetos feitos com pau,
Quando um freguês tem fome,
Comer um resto já não é mau.

Cão que ladra mete mais medo,
Só o que não ladra é que morde,
Que contes nunca o teu segredo,
Nem ao pobre e menos ao Lorde.

Na casa do modesto ferreiro,
Quando há ferro não há carvão,
Todo o amor que é o primeiro,
É sempre a verdadeira paixão.

Quando ganhas a sorte grande,
Tens amigos o bater-te à porta,
Mas quando tu precisares deles,
Vais ficar com a vida toda torta.

Torres Novas,9/06/2016

Foto: Net

PALAVRAS DOCES






























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Palavras Doces!

Palavras doces tem muito encanto,
Dão amor, esperança, são amizade,
E são conforto que tão bem nos sabe,
São a ajuda do Divino Espírito Santo.

O afago, o beijo, e um bom abraço,
São ternuras que confortam a alma,
E que ao induzirem o amor e calma,
Faz sentir como um bebé no regaço.

Recordam os bons tempos de criança,
Em que se é tão docemente mimado,
Pela família e pelos melhores amigos.

Reconfortam a alma e dão esperança,
A quem se sente bem pouco animado,
As palavras doces são valores antigos.

Torres Novas, 9/06/2016

Foto: Net

quarta-feira, 8 de junho de 2016

É BOM O ACORDAR































Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

É Bom O Acordar!

Quando acordamos ao sentir a manhã,
Com o Sol a nascer, a brisa já soprando,
Saltamos da cama mas vamos pulando,
Fazer a higiene para gozar de vida sã.

Lá fora as grandes árvores em rebuliço,
A brisa acossada pelo Sol fez-se o vento,
E sem repararmos já nosso pensamento,
Galgou as barreiras como cavalo castiço.

No Inverno tudo acontece lentamente,
Ao acordar a casa muito fria sentimos,
E só de nisso pensar a gente se arrepia.

O corpo com o frio parece descontente,
É em desconforto que da cama saímos,
Mas ouvimos os Bons dias com alegria.

Torres Novas, 8/06/2016

Foto: Net

DESTINO CRUEL



























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Destino Cruel!

Arranjei uma novinha namorada,
Por mera casualidade do destino,
Ou de inspiração do poder divino,
Ou da sorte que me foi destinada.

Fiquei admirado depois ao saber,
Que ela era de origem sevilhana,
Gente Nobre que deixou a grana,
Fugindo para cá para sobreviver.

O bisavô conspirou lá contra o Rei,
E refugiou-se depois em Portugal,
Onde viveu e deixou descendência.

Foi com essa bisneta que me casei,
Depois de meses de namoro banal,
Da que já me divorciei; paciência!

Torres Novas, 8/06/2016

Foto: Net

AMOR VIRTUAL


terça-feira, 7 de junho de 2016

SAUDADES DA MOCIDADE


























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Saudades da Mocidade!

O tempo da mocidade foi marchando,
Sem se deter nem perder um segundo,
Para a criança conhecer o seu mundo,
E o tempo sempre rodopia deslisando.

Nós todos fomos crianças e brincámos,
Quer no campo quer na nossa cidade,
Vivendo tão felizes a nossa mocidade,
E estudámos, brincámos, e cantámos.

Esse dias tão inesquecíveis de miúdos,
Ficam muito vivos na nossa memória,
Que quando adultos nos dão saudade.

Quando chegamos a velhos já sisudos,
Relembramos toda essa velha história,
A saudade será nossa pela eternidade.

Torres Novas, 7/06/2016

Foto: Net

UM GRITO DE IGUALDADE






















Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Um Grito de Igualdade!

A vida tornou-se quase insuportável,
O caminho está cheio de dificuldades,
A prepotência fez mais desigualdades,
O desemprego faz a vida lastimável.

O sistema político é mau e ineficiente,
Os privilegiados com imenso dinheiro,
E os pobres a viver como no cativeiro,
Condenados a viver mal: é indecente.

Dão a alguns o dinheiro em demasia,
Que depois falta à nossa pobre gente,
Tal situação já brada e nos altos céus.

O pobre grita de fome e sente agonia,
A política não reage: é incomplacente,
E o desgraçado só pede pão por Deus.

Torres Novas, 7/06/2016

Foto: Net

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O DESTINO ESMAGADOR


























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Destino Esmagador!

Esmagado pelo destino da vida,
O jovem sente amargura a dor,
Vive com esperança deprimida
E sem poder mostrar o seu valor.

Chorando amargamente a dor,
De perder anos no desemprego,
E num verdadeiro desassossego,
Por sentir um futuro aterrador.

Sem acreditar em melhores dias,
O jovem desespera da sua vida,
E aventura-se pelo estrangeiro.

A vida hoje causa mais arrelias,
Com a esperança toda perdida,
Já vivemos quase sem dinheiro.

Torres Novas, 6/06/2016

Foto: Net

OS MINEIROS





























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Os Mineiros!

Não há vida mais desgraçada,
Do que a vida de um mineiro,
E debaixo de terra esventrada,
Usando a picareta e a enxada,
E recebendo o magro dinheiro.

É uma muito arrasadora vida,
E comparada à das toupeiras,
A sua saúde muito combalida,
O maldito pó e poeira sofrida,
Provoca doenças derradeiras.

Sujeitos às silicoses galopantes,
De tantos gases que engoliam,
Muito perigosos e inflamantes
Em situações tão humilhantes,
Que esses homens lá morriam.

Ganhando uma féria pequena,
Sujeito a inúmeras vicissitudes,
E cumprindo de forma serena,
A sua missão numa feia cena,
Mas mostrando belas virtudes.

O mineiro a viver na pobreza,
Como gente simples e popular,
Que não perdeu a sua nobreza,
Com patrões cheios de riqueza,
Foi sempre cidadão exemplar.

Torres Novas,6/06/2016

 Foto: Net

SAUDADES DO AMOR PERDIDO


























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Saudades do amor perdido!

Gostei de ti com amor sincero,
Do que eu te dei boas provas,
Foi bom e esquecer não quero,
Eu nem nunca senti desespero,
Mas tu partiste sem dar novas.

O nosso apaixonado romance,
Foi curto mas deixou saudades
E teve uma recíproca nuance,
Mas foi tão curto seu avance,
Não passou das banalidades.

Sem te despedires tu partiste,
A minha alma ficou perdida,
Muito revoltada e tão triste,
E hoje em mim ainda existe,
Uma tristeza bem incontida.

Nem um Adeus me disseste,
Mas ainda hoje em ti penso,
Tu não sabes o que perdeste,
E nem a despedida me deste,
Só senti um desprezo imenso.

Fui feliz quando te encontrei
E tudo se acabou antes do fim,
Lembro-me bem como chorei,
Queria que fosses o meu Rei,
Tu deixaste de gostar de mim.

Te perdi e ainda em ti penso,
Lembrando quando eu te vi,
Deste-me o desgosto imenso,
Que ainda hoje me convenço,
Que foi tão bom gostar de ti.

E só, vou na vida caminhando,
Ainda a sentir saudades de ti,
Consigo viver e vou sonhando,
Julgando ao teu lado andando
E como quando eu te conheci.
Torres Novas,6/06/2016

 Foto: Net

A FONTE DOS MILAGRES


















Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Fonte dos Milagres!

A fonte da Aldeia era tão milagrosa,
Toda a gente bebe da sua boa água
Sempre ela é fresca, boa e saborosa.
Matava a sede mas tirava a mágoa,
E seu nome era Fonte da Velha Rosa.

Dizem lá que a Velha Rosa ali viveu,
Criando um grande rancho de filhos,
E todo o terreno da fonte era só seu, 
Mas os filhos lhe causaram sarilhos,
Que a Velha o que lá tinha vendeu.

Mas um caso estranho lá aconteceu,
Porque a fonte nesse dia toda secou,
O boato que a Velha a água bebeu,
Lá pelos arredores logo se espalhou
Ao certo não se soube o que sucedeu.

Os filhos dela nunca mais se lá viram,
E a Velha por completo desapareceu,
Talvez a fonte secou e todos partiram,
A velha não foi ela que a água bebeu,
Mas certo é que todos eles se sumiram.

Torres Novas,6/06/2016
Foto: Net

OS DESVIOS DA ALMA


























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Os Desvios da Alma!

A maldade do pecado cativa a alma,
Que tão sadicamente pune e castiga,
Os crimes praticados a tudo a obriga,
E dessa clausura dificilmente se salva.

É alma que aos céus não poderá subir,
A não ser que confesse os seus pecados,
Se arrependa ao lhe serem perdoados,
E que prometa, nunca mais irá recair.

Com alma purificada sai da escuridão,
E sente-se a viver mais tranquilamente,
Já livre da punição da vida de pecado.

O arrependido que peça a Deus perdão,
Recebe o estado de graça permanente,
Porque foi por Deus de tudo perdoado.

Torres Novas, 6/06/2016

Foto: Net

PROJECTOS SONHADOS


























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Projectos Sonhados!

Sonhei um dia um livro publicar,
Com os poemas que eu escrever,
Para que eles possam sobreviver,
Depois de atar as cartas e findar.

Tanta coisa que eu tenho escrito,
Pode valer muito pouco ou nada,
Mas morrei de alma descansada,
Se cumprir aquilo que tenho dito.

Eu nunca esperei vir a ter a fama,
De poeta nem sequer a de escritor,
Sinto que a musa me abandonou.

Continuo a dormir na velha cama,
Lá passei horas felizes e as de dor,
Sou apenas o que a vida me doou.


Torres Novas, 6/06/2016

Foto: Net

domingo, 5 de junho de 2016

DIAS DIFÍCEIS























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar

Dias Difíceis!

Acordei no rescaldo de um sonho
Que me deixou mortificado.
Eram as grandes mágoas do passado,
Que encarnaram no meu pensamento,
E desesperando com esse tormento,
Saltei da cama desorientado,
Bebi um copo de água de mel,
E senti baixar um pouco o fel,
Que se estava a apoderar de mim.
Entrei no Facebook
Esperando distrair o espírito,
Mas o resultado ainda foi pior…
Embirrei com tudo o que me apareceu,
Apaguei tudo o que me apeteceu,
Estava mesmo desequilibrado,
E a fazer só asneiras…
Nada estava a dar certo.
Foi então que decidi…
Comecei a escrever
O que me estava a acontecer
Apenas porque não gostei do sonho
Que me acordou perturbado,
Eram situações do meu passado
Nas quais não gosto,
Nem quero mais pensar,
E que também não quero dizer,
Porque já tenho receio de perder
O que me resta de juízo,
Porque foi enorme o prejuízo,
Que uma grande ceita
De ladrões me deram.
Mas tenho de aguentar,
Filosofar e esquecer?…
Mas é difícil esconder!
Qualquer dia, mais calmo,
Talvez acabe por contar.

Torres Novas, 6/06/2016

Foto: Net

O SILÊNCIO ESPÍRITUAL






























Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Silêncio Espiritual!

Quando medito com a minha alma,
As situações que já vivi no passado,
Sinto a mais profunda paz e calma,
O que me deixa a consciência salva,
O perdão de Deus limpou o pecado.

As reflexões de cariz mais espiritual,
Perscrutam fundo a nossa natureza,
Contrapondo ao nosso sobrenatural,
As acções em que praticámos o mal,
Para que a alma alcance a pureza.

Mantendo o silêncio mais profundo,
Sentindo a recuperar a consciência,
Que irá sobrepor o instinto imundo,
Que a natureza nos deu no mundo,
A que resistimos usando prudência.

E o nosso comportamento habitual,
É respeitar Deus e as humanas leis,
E manter a consciência livre do mal,
Às vezes com a ajuda sobrenatural,
Fazendo bem sempre bem vivereis.

Torres Novas,5/06/2016

 Foto: Net